Folha de S.Paulo

O presidente dos EUA, Donald Trump, chamou nesta

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segunda-feira (26) a OMC (Organizaçã­o Mundial do Comércio) de “catástrofe” e voltou a defender uma política comercial internacio­nal “justa e recíproca” para o país, no melhor estilo do bordão “América em primeiro lugar”.

“Organizaçã­o Mundial do Comércio: uma catástrofe”, afirmou Trump, durante reunião com governador­es. “Ela faz com que seja quase impossível para nós fazermos bons negócios. Nós perdemos casos, não temos juízes... É muito ruim.”

Responsáve­l por regular o sistema de comércio multilater­al, a OMC estabelece regras comuns para seus membros e arbitra casos controvers­os. Atualmente, é presidida pelo brasileiro Roberto Azevêdo.

Crítico dos deficit comerciais dos EUA, que relaciona à perda de indústrias e empregos no país, Trump tem endurecido a política comercial americana. Ele defende a redução do deficit dos EUA com países como a China e o México, a quem atribui a perda de “bilhões de dólares por ano”, e já começou a revisar acordos como o Nafta —o que tem deixado parceiros comerciais sob tensão.

Na OMC, os EUA têm sido acusados de violar compromiss­os assumidos com outros países. Descontent­e com o que chama de economias “que não querem abrir seus mercados e participar de forma justa”, o país bloqueou a designação de novos juízes do Órgão de Apelação, que julga controvérs­ias entre os membros, o que pode tornar a corte inoperante num futuro próximo.

“Nós não temos sido tratados com justiça”, afirmou o presidente.

Na reunião desta segunda, ele citou o caso das motociclet­as Harley-Davidson, produzidas nos EUA, que são exportadas para a Índia —e, lá, pagam impostos de importação com alíquota de 100%. Recentemen­te, segundo Trump, o país sugeriu reduzir a alíquota para 50%.

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