Jungmann assume e já troca o comando da PF
Ministro da Segurança substitui Segovia, desgastado após 110 dias no cargo
No dia em que tomou posse no Planalto, o novo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, decidiu trocar o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia.
Ele será substituído por Rogério Galloro, hoje Secretário Nacional de Justiça.
A mudança, antecipada pelo Painel, encerra o desgaste provocado pela escolha do atual diretor e dá força política a Jungmann.
Segovia foi alçado ao cargo pelo presidente Michel Temer com apoio de políticos do MDB, como o ex-presidente José Sarney e o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil). Desde sua posse, em novembro, acumulou desgastes que o enfraqueceram.
A gota d’água foi a entrevista na qual indicou que o inquérito que investiga Temer por suspeitas de irregularidades no porto de Santos (SP) deveria ser arquivado.
A declaração desencadeou duras reações da PF e uma reprimenda pública do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, que o proibiu de voltar a tocar no assunto.
Com perfil mais técnico, Galloro foi o número dois da PF na gestão de Leandro Daiello, antecessor de Segovia.
Ao justificar a troca, que pegou aliados do governo de surpresa, Jungmann disse querer pessoas com quem tem mais “afinidade” no comando dos órgãos sob sua responsabilidade.