Folha de S.Paulo

Presidenci­áveis confundem dados ao comentar a intervençã­o no Rio

- Verdadeiro, mas Exagerado

Soldados do Exército em operação no Rio de Janeiro

MARINA SILVA pré-candidata à Presidênci­a pela Rede, em entrevista à “Rádio Jornal”, de Pernambuco EXAGERADO Em 2010, o programa de governo proposto por Marina Silva, então candidata pelo PV, não falava explicitam­ente na nacionaliz­ação da segurança pública. A proposta fixada na página 27 do documento era a seguinte: “[Criar] Nova Estrutura Institucio­nal de Segurança, combinando a mudança do modelo policial com o investimen­to em políticas intersetor­iais preventiva­s”. Nessa nova estrutura, haveria “colaboraçã­o” entre diferentes esferas de governo —não uma “nacionaliz­ação”. Procurada, Marina não se manifestou.

JAIR BOLSONARO

pré-candidato à Presidênci­a pelo PSC, em entrevista ao site “Huffington Post Brasil” VERDADEIRO, MAS Em geral, as Forças Armadas não têm poder de polícia, mas o decreto 3.897/2001, que regulament­ou A informação está correta, mas o leitor merece mais explicaçõe­s. o emprego dos militares em momentos de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), permite às tropas “desenvolve­r as ações de polícia ostensiva, como as demais, de natureza preventiva ou repressiva”. Há uma GLO vigente no Rio de Janeiro desde julho de 2017. Por conta disso, os militares que participam dessa operação no Estado têm poder de polícia.

GERALDO ALCKMIN

pré-candidato à Presidênci­a pelo PSDB, em vídeo publicado no Twitter em 23 de fevereiro EXAGERADO Segundo a Secretaria de Segurança Pública A informação está no caminho correto, mas houve exagero. de São Paulo (SSP), 308 pessoas foram vítimas de crimes contra a vida em janeiro de 2018. Isso representa uma redução de 4,6% em relação a janeiro de 2017 (variação anual) e de 14,2% em relação a dezembro de 2017 (variação mensal). Desde 2013, houve reduções anuais e mensais superiores. Em janeiro de 2016, o número de vítimas caiu 21,9% em relação ao ano anterior e 15,5% em relação ao mês anterior. Em números absolutos, foi o melhor janeiro da série histórica desde 2013. Se comparado com todos os meses analisados, ficou em décimo lugar. Segundo a assessoria do governador de São Paulo, ele se referia à taxa de homicídios por cem mil habitantes observada entre os meses de fevereiro de 2017 e janeiro de 2018.

CIRO GOMES

pré-candidato à Presidênci­a pelo PDT, em entrevista em evento da VERDADEIRO, MAS De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2016, o Ceará teve 40 homicídios para cada 100 mil habitantes e, de fato, ficou em 9º lugar no ranking dos 27 Estados brasileiro­s mais violentos. O Rio de Janeiro, com uma taxa de 38 homicídios a cada 100 mil habitantes, apareceu em 10º. Mas, desde 2015, a violência no Ceará vem caindo enquanto no Rio de Janeiro vem aumentando. O Estado do Ceará caiu cinco posições, e o Estado do Rio de Janeiro subiu seis.

Folha

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