Folha de S.Paulo

Depois de Xi, Trump avisa que quer continuar

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O “New York Times” não foi além de um despacho da AP, sem destaque. O “Washington Post” também não deu maior atenção.

Mas o “Drudge Report” trombeteou desde a manhã sua “exclusiva mundial” de que Trump iria “atordoar o mundo político anunciando concorrer em 2020”. O “movimento ousado” acontece 980 dias antes da eleição, “um recorde histórico”.

O anúncio veio na sequência de outro —de que o chinês Xi Jinping pode continuar na presidênci­a depois de 2023, o final de seu mandato.

Na capa do “NYT” de terça (27), longa reportagem do correspond­ente em Pequim alertou ser “o sinal mais recente da inclinação mundial para governos autoritári­os, muitas vezes construído­s sobre o exercício altamente personaliz­ado do poder”.

Entrevista analistas sobre o que já é chamado de “reversão autoritári­a”, de grandes emergentes a europeus. E sublinha que “poucos países têm a autoridade, moral ou outra, para falar contra —menos ainda os EUA”.

O jornal ouve da porta-voz de Trump, sobre a reeleição talvez vitalícia de Xi, que “essa é uma decisão para a China tomar sobre o que é melhor para o seu país”.

Inimagináv­el Na francesa “L’Express”, com despacho da France Presse, “Temer candidato, uma ideia que sobe”. Até pouco tempo atrás, era “inimagináv­el”, dada a sua impo- pularidade, mas o emedebista teria encontrado um discurso para enfrentar Jair Bolsonaro, com a intervençã­o do Exército no Rio, “aprovada por 83% dos cariocas”. Quanto a Lula, “é considerad­o morto por quase todos os analistas”.

Entre os pobres No “Guardian”, com o correspond­ente Dom Philips reportando de São Gonçalo, “Papel cada vez maior dos militares brasileiro­s na repressão ao crime alimenta temores entre os pobres”. Ouve a mãe de uma das vítimas da operação de “forças especiais” do Exército, em novembro, que deixou sete mortos. “Eu acho que vai piorar, não é uma solução”, diz ela sobre a intervençã­o militar, iniciada em 16 de fevereiro.

Cabo de guerra A News Media Alliance (NMA), associação de jornais americanos com mais de 2.000 membros, inclusive o “NYT”, anunciou no site “Axios” que vai criar um Comitê de Ação Política (PAC) para pressionar o Congresso a adotar medidas de proteção contra Facebook e Google. Também no “Axios”, o Facebook anunciou novo projeto para cooptar jornais, agora um “acelerador” de assinatura­s de títulos locais, a ser testado com “Boston Globe”, “Miami Herald” e outros.

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Reprodução No ‘Drudge’, a ‘exclusiva mundial’ sobre a candidatur­a

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