Álvaro Camilo, hoje deputado estadual pelo PSD.
ra tentar negociar delação premiada, em maio de 2017, ele escreveu uma carta ao Ministério Público citando outros 18 oficiais da PM que saberiam do esquema.
Em entrevista em 2015, ele já tinha admitido parte das irregularidades, mas afirmou ter feito tudo com conhecimento dos superiores e para benefício da corporação.
Ele argumentava que usava o dinheiro de licitações fraudadas para comprar produtos para a própria PM, incluindo serviços para o setor de comunicação da polícia.
“Não fiz nada sem ordem. Todas as melhorias executadas, não só no Quartel do Comando-Geral como em outras unidades, tinham ciência e autorização dos superiores”, afirmou o oficial na ocasião, sem mencionar nomes.
O esquema de desvio de dinheiro, de acordo com denúncia da Promotoria, teria ocorrido entre 2005 e 2012, por meio de fraudes a licitações, além da contratação de empresas por meio de dispensas, convites ou interferências nos resultados de pregões.
As fraudes ocorreram em diferentes governos tucanos —de Geraldo Alckmin, José Serra e Alberto Goldman, além de Cláudio Lembo, do então PFL, atual DEM—, passando pelos comandos da PM dos coronéis Elizeu Eclair Teixeira Borges, Roberto Diniz e DEMITIDO Adriano Filho foi para a reserva em 2012, quando passou a ser investigado pela corporação por irregularidades nas licitações do comando.
Ele acabou sendo expulso da PM em agosto do ano passado e demitido pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) no início deste mês. Sem a demissão, ainda existia a possibilidade de que ele retornasse à corporação.
A reportagem não conseguiu contato com o advogado de Adriano Filho para comentar a sentença na noite desta terça-feira.