Ilustrador prolífico, fugia do senso comum
FOLHA
Era com papeis, lápis, tintas e pinceis que Cláudio Martins coloria o mundo das crianças em seus livros.
Mineiro de Juiz de Fora, começou cedo, com pequenos trabalhos para editoras. Ganhou prêmios antes mesmo de entrar na faculdade.
Nosanos70,jáformadoem desenho industrial, mudouse para Belo Horizonte.
Sonhava grande. Queria conquistar os pequenos leitores Brasil afora. Em mais de quatro décadas, viajou para diversos países, fez mais de 1.000 capas e ilustrou 300 livros infanto-juvenis. Também atacou de escritor, publicando mais de 50 obras.
“Surpreendia sempre com arapideznasilustraçõeseotoquedehumoremsuasobras”, lembra a amiga Lourdinha.
Cláudiotinhacomomantra quebrar regras e fugir do senso comum. Trazia reflexões com leveza: “Não deixem que lhes entupam a cabeça com regras. Sejam livres, rabisquem. Rabisque e garatujem o mundo do jeito que gostam. Quando o papel da meninice acabar, usem a vida para rabiscar”, dizia aos leitores.
Carinhoso, tio presente, sempre de bom humor, gostava de fazer piadas e de falar sobre política.
“Quando criança, adorávamos passear em sua casa, pois ele era divertido e tinha muitos cachorros”, conta a sobrinha Roberta.
Colecionador, tinha paixão por antigos relógios de pulso e máquinas fotográficas e era fotógrafo nas horas vagas.
Em 2013, descobriu um câncer, mas seguiu trabalhando. Morreu no dia 15, aos 69. Deixa a mulher, Branca, com quem foi casado por mais de 40 anos, e três sobrinhos. coluna.obituario@grupofolha.com.br 10h30, set. R, q. 399, sep. 59.
VOCÊ DEVE PROCURAR O SERVIÇO FUNERÁRIO MUNICIPAL DE SP: tel. (11) 3396-3800 e central 156 site: prefeitura.sp.gov.br/ cidade/secretarias/obras/ servico_funerario/
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