Folha de S.Paulo

Curtas têm desenhos animados de todo tipo e ficções de um só

- COLABORAÇíO PARA A DE LOS ANGELES

FOLHA,

Entre as estrelas dos curtas de animação deste ano, não só os grandes estúdios brilham. A Pixar tem o divertido “Lou”, mas a celebridad­e da vez é o ex-jogador de basquete Kobe Bryant, criador e narrador de “Dear Basketball”.

No filme, Bryant aparece criança,jogandocom­umabola de meia e treinando duro até chegar na NBA. O diretor é Glen Keane, que trabalhou na Disney por 35 anos e, curiosamen­te, nunca tinha visto um jogo do esporte ao vivo.

“Fizemos o desenho à mão foi para fazer jus ao cerne da história”, disse Bryant na terça, num evento do Oscar. “Quando você está construind­o uma carreira, há muitas imperfeiçõ­es no caminho.”

No caminho oposto, “Garden Party” é uma animação digital bem realista, criada por estudantes franceses. A história segue sapos numa mansão abandonada após uma festa de arromba.

A técnica do stop-motion surge no também europeu “Negative Space”, comédia sorumbátic­a sobre pai e filho.

Os outros dois concorrent­es são digitais. “Lou” fala de um garoto que faz bullying e leva uma lição dos brinquedos da escola, que tomam vida. E “Revolting Rhymes” é inspirado em poemas sobre a Branca de Neve e a Chapeuzinh­o Vermelho de Roald Dahl.

Os curtas de ficção vieram todo de histórias reais, e às vezes o programa parece um noticiário, ou um festival do politicame­nte correto.

A única exceção, ou alívio, é a comédia australian­a “The Eleven O’Clock”, sobre dois psiquiatra­s meio doidos.

Há o drama de uma garotinha surda em “The Silent Child” e o conflito racial em “My Nephew Emmett”, sobre um garoto negro morto por assobiar para uma branca, no Mississipp­i de 1955.

O embate religioso vem em “All of Us”, sobre o sequestro de um ônibus no Quênia, onde muçulmanos tentam evitar que a única cristã a bordo seja assassinad­a.

Até os tiroteios em massa em escolas americanas fazem sua aparição, no suspense “DeKalb Elementary”. (FE)

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