Pell, que foi arcebispo de Sydney e de Melbourne e é
Um tribunal australiano começou nesta segunda-feira (5) a ouvir testemunhas que acusam o cardeal George Pell, tesoureiro do Vaticano, de abuso sexual. Terceiro na hierarquia da Santa Sé, ele é a mais alta autoridade da Igreja Católica a ser investigada pelo crime.
Os atos teriam sido cometidos contra diversas pessoas no estado australiano de Vitoria. A polícia disse que os episódios são antigos —alguns datam de mais de 40 anos atrás.
Os testemunhos foram fechados ao público e à imprensa. Nem a identidade nem o teor dos relatos das supostas vítimas foram divulgados. Caberá à corte em Melbourne decidir se há evidências suficientes para levar o caso a julgamento —a previsão é que a deliberação demore um mês.
Pell, 76, ficou calado durante os 25 minutos iniciais da sessão, quando ela ainda estava aberta a jornalistas. Ele chegou ao tribunal acompanhado de sua equipe de advogados e não deu declarações.
A juíza Belinda Wallington começou a sessão dando au- torização para que depoimentos fossem dados por videoconferência e permitiu que uma das testemunhas se pronunciasse acompanhada de um cachorro, o que foi criticado pela defesa do cardeal.
“Sempre achei que cachorros fossem para crianças e pessoas muito velhas”, disse o advogado Robert Richter. “Não, eles também são para pessoas vulneráveis e traumatizadas”, respondeu a juíza. INQUÉRITO considerado o mais importante líder católico australiano, foi indicado pelo papa Francisco em 2014 para comandar a então recém-criada Secretaria de Economia do Vaticano.
No organograma da Santa Sé, ele está apenas do próprio pontífice e do secretário