Ativismo nas ruas e nas artes
Neste Dia Internacional da Mulher, é hora de concentrar esforços no mundo inteiro para a reafirmação de nossos direitos.
Palavras contra o machismo e outras formas de opressão ecoam nos grandes centros e em lugares distantes com a potência de um novo tempo, o tempo de mudar.
Precisamos tornar a equidade de gênero uma realidade. As mulheres se recusam a ter seus direitos violados. Elas contestam e repudiam as regras perversas da dominação, propondo outro modo de vida, no qual sejam livres para conduzir o próprio destino.
Gerações de mulheres têm dedicado a vida a enfrentar o patriarcado em casa, nas ruas, no trabalho, em escolas, nas redes e nas artes. Por muito tempo, a presença feminina nas artes visuais restringiu-se à representação de sua imagem, muitas vezes erotizada e reduzida ao fenótipo de indivíduos brancos.
Como outras formas de expressão, a arte ocidental orientou-se por valores patriarcais, tendo sido feita por homens, financiada por homens e destinada ao deleite dos homens.
Mulheres artistas foram deixadas de fora dos livros, das coleções e das salas de museus, instituições criadas por homens para preservar valores patriarcais. Assim como a história social, a história da arte vem sendo construída sem proceder a uma revisão profunda dos valores que a ancoram.
É hora de a arte assumir responsabilidade sobre a questão da equidade de gênero. As estruturas conservadoras, contudo, não se deixam modificar sem resistência. Assim, é necessário ter a consciência de que essa mudança exige a redistribuição das forças políticas que governam as instituições dominantes no mundo da arte.
As ações contestatórias já estão sendo embasadas por dados empíricos crescentes que evidenciam situação de sub-representação de mulheres em coleções públicas e privadas, sua desvalorização comparativa no mercado de arte e sua subrepresentação na bibliografia e em cursos sobre a história artística.
A partir dessas constatações objetivas, instituições de arte ao redor do mundo não podem mais se eximir de ações inclusivas.
No mês das mulheres, o MAM e a ONU Mulheres realizam um dia de atividades que se inscrevem no escopo do Movimento ElesPorElas-HeForShe, liderado pela Organização das Nações Unidas em escala global.
A inserção do MAM na agenda mundial da Semana de Artes HeForShe enfatiza a necessidade de os museus promoverem a igualdade de gênero.
Ações nesse sentido fortalecem a representação das mulheres no campo das artes visuais, propagando noções essenciais ao equilíbrio das sociedades contemporâneas, como identidade de gênero, raça, etnia e orientação sexual.
Vivemos um momento de transformações —e estas não podem acontecer sem que se renove a maneira como a arte é criada, curada, exibida e consumida.
As artes refletem o tempo das sociedades. A história que estamos vivendo hoje não poderá ser contada sem a pluralidade de gênero. MILÚ VILLELA, NADINE GASMAN,
RESPOSTA DOS JORNALISTAS RUBENS VALENTE E GUSTAVO URIBE -
A reportagem se ampara em fato notório, o aumento da presença militar no governo. A Abin voltou a ser subordinada ao GSI. Eleições Pelo que conheço da legislação eleitoral, somos obrigados, sim, a aceitar alguns políticos que são alçados à condição de eleitos quase sem representatividade (“Um novo Congresso”, Tendências / Debates, 7/3). O último caso de que me lembro foi o da grande votação em Tiririca, que “puxou” candidatos de sua legenda. É urgente que se mude essa legislação, e é claro que os “tubarões” que lá estão não vão querer mexer no que lhes é favorável. Nesse sentido, é de suma importância uma renovação.
RENAN BARBOSA FERREIRA
Sabemos que é imperiosa a renovação, com candidatos com ficha limpa, além de moral e caráter ilibados. Grande parte dos eleitores, entretanto, não se atina com os votos para o Legislativo, decidindo na véspera das eleições sem conhecer o histórico e o currículo do candidato. É necessário criar um movimento nas redes sociais, apontando nominalmente, por região do país, quem são os 238 parlamentares que respondem a procedimento investigatório no STF.
PEDRO JOSÉ FERRARO
João Doria
O título [“Mostra redescobre cinema de Helena Solberg, 80”, Ilustrada, 7/3] e os artigos de Naief Haddad e Inácio Araújo esquecem a retrospectiva pioneira da obra cinematográfica de Solberg realizada em 2014 pelo É Tudo Verdade. Seus principais títulos, como o curta “A Entrevista” (1966) destacado por Haddad, foram então exibidos, acompanhados pelo lançamento do livro “Helena Solberg – Do Cinema Novo ao Documentário Contemporâneo”, de Mariana Tavares, como reconhecia o título do texto publicado nesta Folha em 6 de abril de 2014 [“Festival traz à luz cinema de Helena Solberg”, Ilustrada].
AMIR LABAKI,