Folha de S.Paulo

(7), Berlusconi reafirmou seu compromiss­o com o trato.

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do partido em 2013 levou a uma drástica mudança de imagem: o movimento se espraiou até o sul do país e abandonou o discurso separatist­a. O mote escolhido para essa operação em escala nacional foi a aversão aos migrantes e à União Europeia.

Salvini conquistou eleitores com a mensagem populista, emotiva e direta que os outros partidos não ofereceram. Foi assim que conseguiu desbancar inclusive o ex-premiê Silvio Berlusconi —um dos ícones da política italiana das últimas duas décadas— como principal voz conservado­ra.

Salvini e Berlusconi integram a coalizão de centro-direita que arrebanhou 260 das 630 cadeiras da Câmara. Dessas, a Liga de Salvini garantiu 124, 20 a mais do que o Força Itália do companheir­o.

Como o acordo entre eles era de que o mais votado lideraria as negociaçõe­s para formar um governo, a tarefa caber a Salvini —na quarta PRESIDENTE DEFINE O processo deve começar após a inauguraçã­o do Parlamento, em 23 de março, e depende da nomeação de Salvini pelo presidente Sergio Mattarella, que também pode optar por Luigi Di Maio, líder do campeão das urnas Cinco Estrelas (229 cadeiras na Câmara, 112 no Senado).

Um dos desafios do chefe da Liga, caso tente formar um governo, será encontrar aliados que não se incomodem com seu discurso extremo.

Ele já sugeriu, no passado, haver aspectos positivos no fascismo. Também disse que a presença de migrantes instigava a violência e ameaçou retirar a Itália da Otan (aliança militar ocidental).

Enquanto aguarda essa definição, Salvini comemora a vitória. Na terça-feira, ele publicou uma foto sua com uma taça de vinho e dedicou o brinde a seus inimigos.

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