‹ Segundo defesa, ex-ministro não cometeu ato ilícito
Dos R$ 15 milhões que teriam sido direcionados ao exministro, o Ministério Público afirma ter conseguido rastrear cerca de R$ 4 milhões. A movimentação teria acontecido entre 2012 e 2015.
Segundo delatores da Odebrecht, Delfim Netto recebeu a propina porque ajudou a harmonizar a formação do consórcio, acalmando as partes.
DE CURITIBA
Os advogados de Delfim Netto, Ricardo Tosto e Jorge Nemr, afirmaram em nota que os valores recebidos são referentes a honorários de consultoria prestada pelo exministro. “O professor Delfim Netto não ocupa cargo público desde 2006 e não cometeu nenhum ato ilícito em qualquer tempo.”
Também em nota, o advogado Fernando Araneo, que defende Luiz Appolonio Neto, sobrinho de Delfim, disse que o cliente “refuta veementemente as acusações e esclarece que sua vida profissional sempre foi pautada pela legalidade”.
O MDB também negou atuação criminosa no caso Belo Monte. “O MDB não recebeu propina nem recursos desviados no Consórcio Norte Energia. Lamenta que uma pessoa da importância do exdeputado Delfim Netto esteja indevidamente citado no processo”, afirmou em nota.
O PT disse que as acusações não têm fundamento e visam atacar o partido em razão da proximidade das eleições. “As acusações (...) não têm o menor fundamento. Na medida em que se aproximam as eleições, eles tentam criminalizar o partido, usando a palavra de delatores que buscam benefícios penais e financeiros.”