Folha de S.Paulo

Jurista respeitada.

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Circulou a informação que seus honorários giravam em R$ 50 milhões no caso do Lula.

De graça [honorários]. Estamos advogando também para o José Serra e o ex-presidente José Sarney e na criação da Rede, com Marina Silva. Tudo de graça. Só não para o Aécio Neves porque havia conflito. Presidenci­áveis e ex-presidente­s [trabalho] de graça. Cármen Lúcia está sendo pressionad­a a pautar alguma ação que leve à rediscussã­o da prisão após condenação em segunda instância. Uma solução seria algum ministro levar em mesa um habeas corpus e provocar a discussão?

Não sei, faz tempo que deixei o Supremo. No meu tempo, julgamento de HC não dependia de decisão do presidente. Era, simplesmen­te, no jargão do tribunal, “posto em mesa”. Cármen disse que julgar o tema por causa de Lula iria apequenar o Supremo.

Não se trata de caso Lula. É tese com fundamento constituci­onal sobre presunção de inocência e que interessa a todos os condenados. Para evidenciar a necessidad­e de o Supremo decidir a questão com efeito vinculante, basta dizer que há vários cidadãos que obtiveram, em termos liminares, HC para sustar a execução provisória da pena. Quatro juízes da segunda turma, quase sistematic­amente, têm deferido liminar. A divisão do STF é patente e não favorece o tribunal.

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