Com trocas, São Paulo segue estável em sua mediocridade
Indicação de Lugano, uruguaio Diego Aguirre é o favorito para assumir o time
Desde último título conquistado, em 2012, com exceção de Muricy, clube sofre para manter treinador no cargo
A pífia trajetória de Dorival Júnior à frente do São Paulo difere pouco do desempenho da maioria de seus antecessores. Desde Ney Franco, último campeão pelo clube, na SulAmericana de 2012, outros oito treinadores, sem contar interinos, assumiram o time.
Demitido do São Paulo na manhã desta sexta-feira (9), após perder por 2 a 0 para o Palmeiras no dia anterior, o técnico deixou o clube com aproveitamento de 51,67%. A média da equipe desde 2012 é de 52,44%.
Dorival chegou ao clube para substituir o ídolo Rogério Ceni em julho do ano passado, com a missão de evitar o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. E conseguiu.
Foram 40 jogos à frente da equipe, com 17 vitórias, 11 empates e 12 derrotas. No entanto, as derrotas nos clássicos contra Palmeiras, Santos e Corinthians, e o desempenho no Paulista, com 5 derrotas em 11 jogos, culminaram em sua demissão.
O melhor aproveitamento no clube durante os últimos cinco anos sem título foi de Muricy Ramalho, com 59,94% dos pontos disputados, de setembro de 2013 a abril de 2015.
Os técnicos Juan Carlos Osorio e Rogério Ceni tiveram desempenho similar ao de Dorival Júnior, com 52,87% e 50,48%, respectivamente.
O argentino Edgardo Bauza, que dirigiu a equipe de dezembro de 2015 a agosto de 2016, obteve 44,44% dos pontos disputados, pouco a mais do que seu sucessor, Ricardo Gomes, que teve 42,59%.
A lista termina com os péssimos resultados de Doriva (33,33%), à frente do time em apenas sete jogos de 2015, e Paulo Autuori (25,49%), que em sua última passagem, em 2013, não conseguiu repetir o sucesso de 2005, quando venceu Libertadores e Mundial. TROCAS no trabalho dele. Demos várias chances. Ficou claro a todos que faltaram os resultados. Insistimos mais do que o normal no futebol brasileiro.”, afirmou Raí.
O dirigente tricolor reconheceu que o treinador não recebeu no início do ano os atletas com as características que desejava. Por outro lado, afirmou que o clube conta com um grupo qualificado.
Dorival queria montar um time rápido, mas teve que se contentar com Nenê e Diego Souza, jogadores de boa qualidade, mas lentos.
“Tentei fazer o melhor. Deixei uma bela base, não tenho dúvida. O tempo dirá”, disse.
O São Paulo será dirigido interinamente por André Jardine, técnico do sub-20 (veja abaixo). Ele já comanda o time contra o Red Bull, no domingo (11), no Morumbi.