Folha de S.Paulo

SOB NOVA DIREÇÃO

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Discreto sobre sua vida pessoal, o ator não possui redes sociais. “Já troco muito no meu dia a dia. Acordo, vou tomar um café na padaria, alguém me vê e tira uma foto, vou ao cinema, alguém vem falar comigo... Já tenho essa interação real, não virtual.”

“Se eu ainda tivesse alguma coisa para alimentar com fotos, opiniões, seria demais. Nada contra. Só acho que para mim seria excessivo.”

Sobre política, ele afirma não fazer questão de se posicionar. “Tenho as minhas opiniões, mas não necessaria­mente eu preciso ser uma coisa para seguidores, que me tenham como referência.”

“Sou um cara humanista, de esquerda, vamos dizer assim, que acredita que cada um tem o direito de fazer o que quiser da vida. Respeito o espaço de cada um como quero que respeitem o meu.”

“Não vejo por que ter essa obrigação de o artista ter uma opinião sobre a vida, sobre política, sobre faça isso, não faça aquilo. Nunca tive isso, não declaro voto... Sou um ser humano, um cidadão. Como outro qualquer”, diz. “No fundo, sou apenas um ator.”

Ele respira fundo e reflete quando o assunto é o vídeo que vazou na internet em 2016, no qual aparece acompanhad­o de uma travesti. “Não entendi muito bem uma coisa assim ser um escândalo, vamos dizer assim. Era uma coisa de pessoas tomando uma cerveja. Eu estava me divertindo, me descontrai­ndo, uma coisa supernatur­al. Nada pesado.”

“Ali ninguém está fazendo mal a ninguém. Não tem desrespeit­o. Foi chegando gente, de repente tocou uma música, uma menina começou a dançar e gravaram”, diz. “Não me preocupei em saber que gênero era, que raça era, que partido era... Não tem isso”, emenda.

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Keiny Andrade/Folhapress O ator Alexandre Borges no auditório do Centro Cultural Banco do Brasil, no centro de São Paulo

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