Petista nega envolvimento com falsificação
DA BBC BRASIL
A ex-presidente Dilma Rousseff negou ter contratado serviços relativos a notícias e perfis falsos.
“A ex-presidenta Dilma Rousseff, em nenhuma de suas campanhas em 2010 e 2014, contratou ou autorizou que fosse contratado quaisquer serviços relativos a perfis e notícias falsos. Desconhece quaisquer das empresas ou pessoas que agem nessa área. Tampouco tem conhecimento ou autorizou qualquer atuação, iniciativa ou ação nesse sentido de integrante de suas campanhas”, afirmou em nota.
Por e-mail, Gabriel Arantes Cecílio, sócio da Ahead, disse que “a postura da empresa sempre foi a de respeitar e preservar as situações particulares de empresas, partidos ou pessoas que nos relacionamos. Por conta disso a empresa não trata sobre clientes ou supostos clientes”.
Ele e Arnaldo Lincoln de Azevedo, sócio da Ahead em 2010, afirmaram que as “informações sobre pagamentos” “não correspondem à realidade” e que não é verdade que estiveram envolvidos na produção de notícias falsas.
Em resposta sobre a campanha de Fernando Pimentel ao Senado em 2010, o PT de Minas afirmou não ter “conhecimento sobre a contratação de qualquer empresa com a finalidade de criação e manutenção de perfis falsos no Twitter, em qualquer campanha eleitoral. Esclarece, ainda, que esta não é uma prática do partido.”
O publicitário Ruy Nogueira Netto afirmou que, em sua “antiga residência, em Higienópolis, a pedido de meu saudoso amigo Marco Aurélio Garcia [exassessor de Dilma, morto em 2017], alguns militantes da campanha de Dilma se reuniam eventualmente para avaliar o cenário da internet”. Questionado sobre o que faziam, disse “não ter conhecimento maior de como atuavam”.
Procurado por três dias, o advogado de Danielle Fonteles, Cleber Lopes de Oliveira, informou que ela estava fora do país e que não conseguiu contato.
O Twitter enviou nota: “Falsa identidade é uma violação das regras do Twitter. Quando recebemos uma denúncia, tomamos medidas cabíveis de acordo com a nossa Política para Falsa Identidade, incluindo a suspensão da conta”. O Google, responsável pelo Orkut, não respondeu.