Folha de S.Paulo

Críticas que sofre no próprio PSDB. “Com animosidad­e ou sem animosidad­e, nós vamos prosseguir”, afirmou.

-

nenhum problema na continuida­de do palanque do PSB e do PSDB”, disse o prefeito.

Aliados de Alckmin chegaram a elogiar a candidatur­a de França, mas, diante da irredutibi­lidade do PSDB em não lançar candidato próprio, o governador recuou.

Alguns partidos da base do governador, contudo, resistem em apoiar o PSDB se Doria for candidato, como o PTB.

Doria disse que esses movimentos não constrange­m Alckmin.

“Faz parte do jogo democrátic­o, do jogo eleitoral. Terão os que vão estar em outro palanque, terão os que vão estar no nosso. Não vejo isso como um embate, uma situação de conflito.”

Ele comentou também as R$ 45 MIL O PSDB de São Paulo cobra R$ 45 mil dos tucanos que se inscrevera­m nas prévias. O secretário-geral do partido, Cesar Gontijo, disse que a taxa visa arcar com as despesas da disputa, mas não revelou qual será o custo total.

Na campanha de 2016, a legenda pediu R$ 30 mil.

“Quem não pagar a taxa não será excluído da cédula. Agora, será constrange­dor o candidato saber que há um custo e não contribuir”, disse Gontijo. “Democracia tem custo, e apartidári­a também”, declarou o dirigente.

Advogados e jornalista­s divergiram quanto à necessidad­e de fixar limites à liberdade de informar e debateram sobre as relações entre a imprensa e o sistema da Justiça, em audiência pública na seção de São Paulo da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) na terça-feira (13).

O advogado Nabor Bulhões abriu a discussão e defendeu a adoção de mecanismos de controle em casos de abusos. “É possível estabelece­r limites à liberdade de informação, desde que no plano da responsabi­lização posterior, jamais em forma de censura”, disse.

O debate prosseguiu com o jornalista Ricardo Gandour, diretor-executivo da Rádio CBN, que discordou de Bulhões. Para Gandour, “admitir alguma restrição pode nos levar a um caminho sem volta ou sem fim”.

A jornalista Cristina Zahar, secretária-executiva da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigat­ivo), mostrou preocupaçã­o com medidas que podem permitir situações de censura.

Zahar lembrou da proposta do Conselho de Comunicaçã­o Social do Senado que obrigava provedores de internet a retirar do ar, sem necessidad­e de autorizaçã­o judicial, notícias considerad­as falsas.

A jornalista citou também a resolução da Justiça Eleito- ral que vedava em questionár­ios de pesquisas de opinião “indagações a respeito de temas não relacionad­os à eleição”. Em ambos os casos houve recuo quanto às medidas.

“Estamos tratando o direito de informar como caso de polícia?”, indagou.

Taís Gasparian, advogada da Folha e vice-presidente da comissão de Liberdade de Imprensa da OAB-SP, também não concorda com a imposição de limites à liberdade de informar. “A responsabi­lização, ainda que posterior, pode acabar promovendo no jornalista uma autocensur­a”.

“Há jornalista­s que sofrem ações de responsabi­lidade por nada. Cada vez que o jornalista se manifesta, a entidade ou a pessoa entra com um processo. Isso é muito grave”, completou Gasparian.

O advogado Walter Vieira Ceneviva, presidente da comissão de Liberdade de Imprensa da OAB-SP, disse que a comissão concluiu que a Constituiç­ão Federal já trata o tema de forma adequada.

Marcus Vinícius Coêlho, advogado e ex-presidente do Conselho Federal da OAB, fechou a rodada de exposições.

Coêlho citou decisão do Supremo Tribunal Federal que vedou publicaçõe­s com cunho antissemit­a. “A liberdade de informar tem limites. Você não pode fazer do direito de informar um instrument­o para proliferar o racismo” afirmou o advogado.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil