Ucrânia, Rússia e Crimeia devem participar.
Um ponto central da popularidade de Putin é a ideia de que ele restaurou a autoridade do país enfrentando o Ocidente. Qual é a sua opinião sobre isso, levando em conta a guerra na Síria e as disputas com a Otan?
Essa ideia é outro exemplo de propaganda usada pelo regime para justificar a decadência e a pobreza da Rússia. Nem a Otan, nem a Europa são inimigos. Nem precisamos da guerra na Síria. Um dia de intervenção custa, por baixo, US$ 2,5 milhões. Esse dinheiro poderia ser usado na construção de casas populares, estradas e infraestrutura. Qual é a sua opinião pessoal sobre Putin? Sendo filha do padrinho político dele, é mais difícil criticá-lo? Alguns críticos dizem que essa ligação faz da sra. um projeto do Kremlin para legitimar a eleição.
São mentiras óbvias. Esses foram rumores espalhados por quem não queria me ver na eleição. Esquecem que minha casa foi invadida, que a polícia tirou meu dinheiro e que eu perdi meu emprego na TV pública depois que optei por me opor ao regime.
O sistema todo é corrupto, e Putin é o responsável. Estou longe de defendê-lo. Eu até contribuí para duas investigações que Alexei Navalni fez. Não gosto de gente que faz insultos pessoais a qualquer um, inclusive Putin. “Olhe, ele tem botox no rosto”, diz o Navalni. Eu detesto isso. A Rússia é vista no Ocidente como um país misógino e conservador. A sra. tem um histórico bastante inusual, com fama na TV, além de ter expressado pontos de vista liberais, como ser a favor da legalização da maconha. Isso é um ativo eleitoral ou a sra. se sente discriminada?