Folha de S.Paulo

Banco diz que teve lucro, e empresa defende legalidade

-

DE BRASÍLIA

O BNDES sustenta que as operações foram lucrativas, considerad­os todos os fatores analisados pelo TCU (dividendos recebidos, recursos da venda de ações e valor recente das participaç­ões).

“Com a cotação atual das ações [R$ 10,18 na segunda, 12], o resultado positivo chega a R$ 2,8 bilhões. Mesmo usando a cotação das ações da JBS de R$ 6,73 em 03/07/2017, escolhida pelo TCU para o cálculo, o valor do investimen­to na JBS teria resultado em um lucro estimado em R$ 834 milhões”, diz nota do banco.

O BNDES nega “superfatur­amento” do valor dos papéis adquiridos. Justificou que o preço de emissão era, por lei, de responsabi­lidade da JBS e que cabia ao investidor —no caso, o banco— avaliar a “atrativida­de” do negócio.

“O valor potencial [valor justo] das ações da JBS calculado pelo BNDES era superior ao valor fixado pela companhia em cada oferta. O preço pago por ação foi exatamente aquele estabeleci­do pela companhia e foi o mesmo para todos os demais investidor­es.”

O banco acrescento­u que não houve decisão final do tribunal de contas.

A JBS reiterou, em nota, que os aportes do BNDES “seguiram a legislação e foram amplamente divulgados, conforme regras da CVM (Comissão de Valores Mobiliário­s) e as práticas de mercado”.

“É um equívoco sugerir que a JBS tem dificuldad­es de caixa. Em seu último balanço, a empresa apresentou liquidez total de R$ 17,4 bilhões, valor acima do seu endividame­nto de curto prazo.”

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil