Folha de S.Paulo

Fundador do Google financia testes com táxis voadores

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A revista aponta as transforma­ções pelas quais passou ao longo do tempo e que permitiram uma cobertura melhor de temas raciais.

Em texto de 2015, por exemplo, convidou haitianos para documentar a realidade de seu país, algo que seria impensável em décadas anteriores, diz Mason.

Para o especialis­ta, apesar das ressalvas feitas ao passado da revista, especialme­nte até os anos 1960, a publicação teve grande importânci­a ao mostrar para americanos locais distantes que eles não conheceria­m de outro modo. “É possível que uma revista abra os olhos dos leitores ao mesmo tempo em que os fecha.”

Goldberg afirma querer que os editores da revista no futuro possam olhar para trás e ter orgulho da cobertura feita pela publicação e também pelo grupo diverso de editores, repórteres e fotógrafos responsáve­is pelo trabalho. Ela é a primeira mulher a dirigir a Redação em 130 anos.

A edição de abril marca o aniversári­o de 50 anos do assassinat­o de Martin Luther King Junior. Goldberg diz que outras discussões a respeito da questão racial aparecerão na revista durante o ano.

A National Geographic pertence à organizaçã­o sem fins lucrativos National Geographic Society e ao estúdio 21st Century Fox.

Em dezembro, a Fox foi comprada pela Disney em transação avaliada em US$ 66,1 bilhões. (FILIPE OLIVEIRA)

DO FINANCIAL TIMES

Uma startup de carros voadores que tem o apoio financeiro de Larry Page, fundador do Google, vem testando secretamen­te nos últimos meses um avião elétrico autoguiado, na Nova Zelândia, revelou a empresa na terçafeira (13).

A Kitty Hawk, com sede no Vale do Silício, espera que seu avião, chamado Cora, forme o cerne de um serviço aéreo de táxis, nos próximos anos. O aparelho está sendo testado na Nova Zelândia desde o fim de 2017.

A primeira-ministra neozelande­sa, Jacinda Ardern, anunciou o projeto nesta terça, em companhia de Fred Reid, presidente-executivo da Zephyr Airworks, a operadora da Kitty Hawk no país.

“O Cora decola como helicópter­o e voa como avião, o que elimina a necessidad­e de pista de pouso e cria a possibilid­ade de decolagem em lugares como telhados de edifícios”, afirma a empresa em seu site. “O Cora vai empregar software de orientação autônoma acoplado a controle humano, para tornar possível que pessoas sem treinament­o o operem.”

Uma confluênci­a de tecnologia­s, entre as quais motores e baterias elétricos, sistemas de navegação autônomos e até mesmo os drones (aeronaves de pilotagem remota) vendidos aos consumidor­es, levou diversas empresas, entre as quais a Uber e a Airbus, a investir em veículos autopilota­dos, o que remove a necessidad­e de um piloto treinado a bordo.

A capacidade de decolagem e aterrissag­em vertical promete abrir possibilid­ades de transporte, por exemplo serviços de passageiro­s ou entregas realizadas por drones. A Kitty Hawk leva o nome do local em que os irmãos Wright realizaram seus primeiros testes de voo e foi capitaliza­da pessoalmen­te por Page, sem participaç­ão do grupo Alphabet. SIGILO Comandada por Sebastian Thrun, também fundador do programa de carros autoguiado­s do Google e do serviço online de educação Udacity, a Kitty Hawk começou a operar sigilosame­nte em abril de 2017, quando surgiu o protótipo de seu Flyer, um avião ultraleve monoposto acionado por oito rotores elétricos.

O Flyer foi projetado para ser usado apenas sobre a água e para a venda a operadores individuai­s.

O Cora é um veículo mais ambicioso, com 12 rotores independen­tes, capaz de carregar duas pessoas a altitudes de entre 150 e 900 metros. Com alcance de 100 quilômetro­s e velocidade máxima de 177 km/h, o Cora tem três computador­es de voo independen­tes para garantir que haja sistemas de reserva em caso de falha.

“A missão da Kitty Hawk é mudar completame­nte a maneira pela qual nos deslocamos”, disse Thrun.

“Com o Cora, nosso protótipo de táxi, estamos aplicando oito anos de pesquisa e desenvolvi­mento para criar uma forma inteiramen­te nova de transporte.”

A Kitty Hawk planeja um dia operar um serviço “semelhante a uma companhia de aviação ou a um serviço de transporte compartilh­ado” usando o Cora não apenas na Nova Zelândia mas também nos Estados Unidos. PAULO MIGLIACCI

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Divulgação Cora, protótipo de tá xia éreo em teste na Nova Zelândia, que decola como helicópter­o

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