Folha de S.Paulo

Uso de amianto continua após decisão no Supremo

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O amianto crisotila ainda é extraído e seus derivados são vendidos no país, apesar de o STF ter proibido a substância em novembro.

O material, considerad­o nocivo à saúde, segue barrado em estados que têm leis restritiva­s sobre o tema.

Isso ocorre porque a ministra Rosa Weber suspendeu, em dezembro, a aplicação da decisão até que a corte publique acórdão da sentença. Não há prazo para isso.

A partir daí, serão cinco dias úteis para a apresentaç­ão de embargos de declaração (um tipo de recurso).

O IBC (Instituto Brasileiro do Crisotila), parte derrotada na ação que representa fabricante­s da substância, afirma que apresentar­á os embargos.

“A CNTI [Confederaç­ão Nacional dos Trabalhado­res da Indústria] conseguiu que se suspendess­e o efeito irrestrito [da sentença] até a publicação do acórdão”, diz Frederico Rodrigues, do Cescon Barrieu.

“O STF poderá dar prazo para que a suspensão ocorra”, diz Carlos Sundfeld, da FGV

A única mina de amianto em operação no país, em Minaçu (GO), pertence à Sama, controlada pela Eternit.

A extração do mineral continuou em dezembro, indica a arrecadaçã­o da CFEM (contribuiç­ão pela exploração). Foram recolhidos R$ 380 mil em fevereiro, relativos ao último mês de 2017.

A Eternit diz que retomou a atividade da mineradora em dezembro e que anunciou o fim do uso da substância em seus produtos até o fim do ano.

Meio vazio... A confiança dos comerciant­es do estado de São Paulo teve queda de 4,4% em fevereiro após dois meses consecutiv­os de melhora, segundo índice medido pela FECAP (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado).

...meio cheio A queda de 7,4% no indicador Momento Atual dos Negócios, que revelou insatisfaç­ão com situação geral, vendas e encomendas, alavancou a redução. Ainda assim, o resultado está 17% acima do registrado no mesmo mês de 2017.

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