O ministro Aloysio Nunes, das Relações Exteriores, disse à que conversas com
Folha os demais países afetados pela medida americana sobre eventual processo contra os EUA ocorrem em Genebra, sede da OMC. Até agora, o Brasil já tratou do assunto com União Europeia, Índia e Japão.
“A primeira aposta do governo brasileiro é o diálogo. O Brasil é um país amigo dos EUA”, afirmou Aloysio durante o painel. O Itamaraty vem conversando com empresas americanas importadoras do aço brasileiro para que pressionem o Congresso em Washington a conseguir uma exceção para o Brasil.
O ministro disse que também pediu uma reunião com Robert Lighthizer, chefe do USTR (o órgão que cuida das negociações comerciais dos EUA), pois as novas regras americanas de importação de aço ainda não estão claras.
Além de Temer e Aloysio, participaram da abertura o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o prefeito da cidade, João Doria, o ex-jogador Pelé e Klaus Schwab, o fundador do Fórum.
Alckmin criticou indiretamente a medida americana e defendeu as reformas conduzidas pelo governo Temer, como as alterações trabalhistas.
Participante de outro painel, sobre investimentos no Brasil, o economista Armínio Fraga foi enfático nos ataques às mudanças nas tarifas de importação dos EUA. “Isso é uma loucura”, afirmou.
O economista disse que a atitude protecionista do governo Trump cria a impressão de que o mundo é um jogo de soma zero, e não é.
Segundo ele, o Brasil tem sido protecionista desde sempre e “não deu em nada”.
Em sua avaliação, o cenário não é bom, em especial no momento em que o Mercosul discute acordo com a União Europeia (UE), o que vê como oportunidade “fantástica”. ‘EFEITO POSITIVO’