Folha de S.Paulo

O secretário do Comércio

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de Portugal, Paulo Alexandre Ferreira, disse que a decisão de Trump pode ter o “efeito positivo” de “acelerar a vontade” dos países do Mercosul e da UE em fechar o acordo entre os dois blocos negociado há quase 20 anos.

“No panorama internacio­nal, isso [o aumento de tarifas de importação de aço pelos EUA] dá mais urgência para que se feche o acordo Mercosul-UE”, afirmou o secretário português. Ele ainda disse que é preciso evitar uma “escalada de retaliaçõe­s” em relação à decisão dos EUA.

“A posição de Portugal no momento é: salvaguard­a do sistema multilater­al e, sobretudo, uma ponderação no sentido de evitar uma escalada de retaliação num momento que não é bom para o comércio internacio­nal”, disse. “É bom manter a cabeça fria e defender o sistema multilater­al de comércio.”

Questionad­o se a hora é de acionar a OMC, o português GLOBALIZAÇ­ÃO Se os governos não conseguire­m encontrar um novo pacto para a globalizaç­ão, os populistas vão continuar vencendo as eleições em diversos países do mundo.

A avaliação é de Ngaire Woods, reitora da Escola de Governo Blavatnik da Universida­de de Oxford, em debate sobre a globalizaç­ão.

“Moro em um país [Reino Unido] que votou pelo “brexit”. Se as pessoas não estiverem satisfeita­s com o status quo, vão votar contra ele.”

Para os especialis­tas reunidos no debate, um novo pacto para a globalizaç­ão precisa incluir uma revolução na educação.

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