Folha de S.Paulo

Acho que a discussão entre esquerda e direita é reducionis­ta

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DANIEL ZOVATTO

diretor do Instituto Internacio­nal para a Democracia “Acho que a discussão entre esquerda e direita é reducionis­ta.”

Villela, do Itaú, afirmou que, para além da esquerda ou da direita, o debate “é se vamos para adiante ou para trás”. Para isso, defendeu, é preciso uma nova geração de políticos, que faça reformas.

Sugerindo mais coordenaçã­o à região, Alicia Bárcena Ibarra, secretaria-executiva da Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina, disse que o presidente americano, Donald Trump, mudou o paradigma ao propor o “América primeiro”, e questionou quais serão as propostas para a América Latina.

Trump foi debatido também no painel sobre a América Latina em uma ordem global baseada em acordos, no qual a ex-chanceler espanhola Trinidad Jiménez Garcia Herrera, e o ex-secretário­assistente de Estado dos EUA, Arturo Valenzuela, destacaram os riscos que os EUA correm ao se fecharem.

“Se os EUA começam a fechar suas fronteiras, os EUA perdem, e América Latina se vira para o outro lado, para a Ásia. A região já está chegando a acordos comerciais com a Ásia, a China está cada vez mais forte na América Latina e no Brasil”, disse Herrera.

Para Valenzuela, hoje conselheir­o sênior do escritório de advocacia Covington & Burling, o foco tem sido sobre o impacto que a decisão dos EUA pode causar nos outros países.

“Mas 45% de todos as exportaçõe­s dos EUA vão para o continente, então a região tem um grande peso para os EUA”, afirma.

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