Contra as ‘fake news’, imprensa e ensino são citados
DE SÃO PAULO
Educação e parceria com a imprensa foram as principais soluções apontadas por profissionais de diferentes setores e países para tratar as “fake news”, o fenômeno da reprodução de notícias falsas.
No painel “A Política da Desinformação”, do Fórum Mundial para a América Latina, a sul-coreana Park Yuhyun, fundadora do DQ Institute, instituto educacional de Singapura voltado ao aprimoramento do ambiente digital, disse que a intervenção a ser feita é educativa.
Ela defendeu o papel da mídia livre no combate às notícias falsas.
Park também chamou a atenção para a responsabilidade que as plataformas de mídias sociais, como Facebook e YouTube, precisam assumir no combate à desinformação, inclusive em parceria com o jornalismo profissional.
Ela cobrou ainda transparência das plataformas. “Nós não sabemos como funciona o algoritmo”, disse Park, ironizando que hoje a internet, a World Wide Web (www), está mais para Wild Wild West, em referência ao Velho Oeste americano.
Editora da coluna Mercado Aberto da Folha, Maria Cristina Frias defendeu que “a mídia profissional, que tem critério para publicar, é uma fonte para que as pessoas filtrem” o noticiário. E que, para tanto, ela deve proteger sua credibilidade e independência, inclusive financeira.