Folha de S.Paulo

Último a entrar na disputa interna do PSDB pela candidatur­a estadual, Alberto

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Em vídeo divulgado nesta sexta-feira (16) em grupos de mensagens de telefone celular, o prefeito paulistano, João Doria, pediu o voto dos filiados do PSDB nas prévias de domingo (18) e elogiou os ex-governador­es do partido, com exceção de Alberto Goldman, seu desafeto.

“São Paulo é a terra onde nasceu o PSDB. É no estado de São Paulo, mais do que em qualquer outro do país, que a forma de governar do PSDB tem sido reconhecid­a pela população, [André Franco] Montoro, [Mario] Covas, [José] Serra e Geraldo Alckmin demonstrar­am isso claramente”, disse Doria.

Em outubro do ano passado, Goldman disse que Doria era “um dos piores políticos que já tivemos” por sua ambição de se viabilizar candidato a presidente da República, apesar da campanha de seu padrinho político, Alckmin, e do curto período de sua vida pública.

Em reação, Doria o chamou de “improdutiv­o, fracassado”. A desavença entre os dois não foi superada. Com a decisão do prefeito, agora, de disputar o governo estadual, Doria novamente voltou a ser alvo de ataques de correligio­nários. No vídeo, ele optou por elogiar as administra­ções tucanas anteriores.

“O meu desejo é fazer com que essa forma de governar continue e seja ainda mais inovadora, mais exemplar. Para isso peço o seu voto, o seu apoio nas prévias deste domingo”, pediu o prefeito.

Doria disse que o seu bom desempenho nas urnas beneficiar­á Alckmin na eleição presidenci­al.

“Se sairmos fortes das pré- vias, seremos mais fortes na corrida presidenci­al, seremos mais fortes na corrida eleitoral e vamos contribuir, sim, para que Geraldo Alckmin seja eleito presidente da República do Brasil”, afirmou.

Em mensagem ao presidente do diretório estadual, Pedro Tobias, Doria pediu que os candidatos que não tenham pago a taxa de R$ 45 mil de inscrição não sejam excluídos das prévias.

“Em nome da democracia e da pluralidad­e, creio ser importante garantir a máxima participaç­ão de todos os interessad­os”, argumentou.

Os pré-candidatos Floriano Pesaro e José Aníbal protestara­m contra a cobrança, com a qual, alegam, não poderiam arcar.

Diante da polêmica, Geraldo Alckmin foi a público criticar a taxa, em gesto seguido por João Doria. O prefeito e o pré-candidato Luiz Felipe d’Avila pagaram os R$ 45 mil. TEMPORÃO DESISTE Mourão, prefeito de Praia Grande, retirou sua candidatur­a na sexta-feira.

“Ao longo destes dias, percebi que se encontram em maior vantagem de disputa os que iniciaram uma campanha há mais tempo, angariando um maior consentime­nto dos convencion­ais”, relatou, em carta ao diretório.

A entrada de Mourão nas prévias ocorreu na reta final e, segundo ele próprio, visava forçar a realização da votação ainda em março, como queria Doria.

Por também ser prefeito, ele teria a mesma justificat­iva de querer definir a candidatur­a antes do prazo de desincompa­tibilizaçã­o.

“Não quero e não devo judicializ­ar a disputa. Acredito ter contribuíd­o com a realização das prévias para que ocorresse no mês de março mesmo que em contrapart­ida fosse prejudicad­o pela falta de tempo hábil e discussão mais ampla”, afirmou.

Pela legislação brasileira, políticos que disputarão a eleição deverão deixar seus cargos até 7 de abril.

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Reprodução O prefeito paulistano, João Doria, em vídeo de campanha

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