Lava Jato pede reforços e se vê sob ameaça
Nos 4 anos da operação, procuradores se unem para cobrar mais agentes e denunciar fim da prisão em 2ª instância
Desde que começou a ação em 2014, houve 187 acordos de delação premiada e recuperação de R$ 1,9 bi desviados
A procuradora regional da República da 4ª Região, Maria Emilia da Costa Dick, afirmou na tarde desta sexta-feira (16) que espera que a recente mudança na direção da Polícia Federal aumente o efetivo de agentes e delegados trabalhando diretamente na Lava Jato.
A declaração foi feita durante entrevista à imprensa na sede da PRR-4, em Porto Alegre, em função dos quatro anos da operação, que se completam neste sábado (17). Também participaram do evento Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa no Paraná, Eduardo El-Hage, coordenador da força-tarefa no Rio de Janeiro, Carlos Aguiar, procurador regional da República da 2ª Região, e Francisco Sanseverino, subprocurador-geral da República.
Dick disse ser um fato a redução do efetivo da Polícia Federal que atua diretamente na Lava Jato e afirmou ter esperança de que a situação se altere. “Com a própria mudança na direção da Polícia Federal é possível que isso se modifique. Nesse momento, a nossa esperança é da retomada dessa atuação mais numerosa.”
O novo diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, tomou posse neste mês. Ele substituiu Fernando Segovia, que foi pego de surpresa com o anúncio de sua destituição do cargo.
A procuradora também ressaltou que uma nova força-tarefa se inicia em São Paulo, abrindo outras frentes de investigação. Ela disse que o Ministério Público entende que a tendência é ampliar as investigações, denúncias e recursos que retornam aos cofres públicos.
El-Hage afirmou que não é possível fazer previsões sobre o fim da Operação Lava Jato. “A gente tem muito trabalho pela frente. No Rio, especialmente, estamos em fase ace-