DE VOLTA PRA CASA
O embaixador João Carlos da Souza-Gomes, que foi removido na sexta (16) do cargo de chefe da representação do Brasil junto à FAO (braço da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) em Roma, tem até 75 dias para se apresentar em Brasília.
Souza-Gomes passa por um processo administrativo que apura acusações de assédio moral e sexual feitas contra ele. Com a remoção, o embaixador ganhará menos da metade de seu salário atual. Ele também deixa de receber uma verba mensal de US$ 9.553 para pagar jantares e recepções.
As entidades de advogados que defendem que o STF (Supremo Tribunal Federal) julgue as ações que podem reverter orientação da corte sobre prisão em segunda instância discutem a possibilidade de fazer uma espécie de “panfletagem” junto aos magistrados do tribunal na terça (20). Antes elas se reuniriam na sede da OAB.
As organizações pediram audiência com os 11 ministros do STF, mas poucos, como Dias Toffoli, já aceitaram recebê-las. A ideia seria abordar os magistrados nos salões do tribunal e entregar a eles os documentos defendendo a tese. Ela pode hoje evitar a prisão de Lula, mas foi apresentada antes ainda de ele ser denunciado na Justiça.
Uma parte do grupo, no entanto, prefere ir de gabinete em gabinete entregando memoriais nas recepções, ainda que não se encontre pessoalmente com os magistrados.
E o impasse segue entre os integrantes do próprio STF. A última tentativa, de que algum dos magistrados favoráveis à revisão da prisão em segunda instância levantasse o tema no plenário, forçando Cármen Lúcia a pautá-lo, foi abortada depois que ela sinalizou com a possibilidade de uma reunião ampla com os colegas para discutir a questão.