Folha de S.Paulo

Não tem esse risco. O estado de São Paulo é completame­nte institucio­nal.

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Opositores dizem que o sr. usará esse período para fazer campanha, instrument­alizando o governo para se reeleger. O sr. vai mexer no secretaria­do para acomodar algum dos seis partidos que entraram na aliança da sua campanha?

Nenhum dos partidos me pediu isso. Naturalmen­te, vários secretário­s vão sair mesmo, ou porque vão trabalhar para o candidato do PSDB ou porque serão candidatos a deputado. Dos secretário­s com quem eu falo aqui, ninguém vai apoiar o Doria. Como funcionará na prática o palanque duplo para Alckmin? O sr. estará ao lado de Doria?

Não tenho nada contra o Doria, pelo contrário, é meu amigo. Hoje em dia não tem mais comício, o palanque é eletrônico. Convidei o governador para vir a todas as inauguraçõ­es de obras dele enquanto for permitido. Temos uma relação de confiança. O sr. e Doria podem fechar algum tipo de pacto, uma política de não agressão?

Não terá agressão. Acabei de fazer campanha para ele há dois anos. Vai ser uma coisa de “o forte, o rico, o poderoso” [Doria]. E eu, o menino de São Vicente. Vamos ver no que vai dar.

Se eu pudesse optar, eu preferia que nenhum político tivesse que ter essa situação, e muito menos o presidente Lula ou qualquer outro presidente Naturalmen­te, não é um governo meu, é de continuida­de ao governo Alckmin. Sei que o processo de escolha [do eleitor] foi feito muito mais por ele do que por mim

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