Alckmin diz que irá priorizar Previdência
Governador de São Paulo e presidenciável diz que, se eleito, enviará proposta de reforma no 1º ano de mandato
Em Brasília, tucano dançou forró, cumpriu agenda com aliados, participou de evento e foi alvo de protestos
Em uma agenda típica de candidato, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, fez nesta terça-feira (20) promessa eleitoral, dançou forró e ouviu grito de protesto.
Em passagem por Brasília, o pré-candidato do PSDB à sucessão presidencial garantiu que, caso seja eleito em outubro, enviará no primeiro ano de mandato uma nova proposta de reforma previdenciária.
Sem apoio suficiente na base aliada, o presidente Michel Temer desistiu de votar as mudanças nas aposentadorias, que devem ficar apenas para o próximo presidente.
Em conversas reservadas, Temer acusa Alckmin de não ter se empenhado suficientemente junto à bancada tucana para votar a iniciativa. Para ele, o tucano evitou se envolver na defesa da proposta com receio de sua impopularidade.
A promessa de Alckmin foi feita após a executiva nacional da sigla ter oficializado seu nome como pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto. “Eu tenho convicção dequeareformatemdeser feita no primeiro ano de mandato. No regime presidencialista, quem for eleito terá mais de 60 milhões de votos. A legitimidade é muito grande”,prometeu.
O tucano criticou a diferença dos valores pagos a traba- a presidente nhou abraço de um participante que o chamou de “presidente” e ouviu gritos de “Fora, Alckmin”.
Alémdeprometerareforma previdenciária, o governador afirmou que estuda alteração no rendimento do FGTS. Segundoele,aideiaéqueos recursos passem a ser corrigidos pela inflação somada à TLP (Taxa de Longo Prazo).
Hoje, a valorização do FGTS é baseada na TR (Taxa Referencial). “Nós defendemos que ela não fique mais dessa forma e que sempre o rendimento seja acima da inflação somado ao ganho do período”, disse.
O tucano disse ainda não esperar o apoio de Temer à sua candidatura.“Se o MDB disse que pretende ter candidato, só se pode fazer coligação com quem não tem candidato”, afirmou.
No dia em que o presidente reconheceu pela primeira vez a possibilidade de disputar a reeleição, Alckmin afirmouserlegítimoqueeletente um novo mandato. “O MDB é um partido grande e importante”, disse.
Alckmin afirmou ainda não ver problema em fazer campanha simultaneamente para os pré-candidatos João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB) ao governo de São Paulo. Ele elogiou o atual vice-governador e disse que sua précandidatura é “importante”.
Para o tucano, seria uma honra ter o apoio do PSB ao seu nome na disputa presidencial.“Nós teremos vários candidatos em São Paulo. Eu ficarei muito honrado com o apoio do Márcio França, uma candidatura importante. E a candidatura do meu partido é a do João Doria”, disse.