Folha de S.Paulo

Alckmin diz que irá priorizar Previdênci­a

Governador de São Paulo e presidenci­ável diz que, se eleito, enviará proposta de reforma no 1º ano de mandato

- GUSTAVO URIBE NATÁLIA CANCIAN

Em Brasília, tucano dançou forró, cumpriu agenda com aliados, participou de evento e foi alvo de protestos

Em uma agenda típica de candidato, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, fez nesta terça-feira (20) promessa eleitoral, dançou forró e ouviu grito de protesto.

Em passagem por Brasília, o pré-candidato do PSDB à sucessão presidenci­al garantiu que, caso seja eleito em outubro, enviará no primeiro ano de mandato uma nova proposta de reforma previdenci­ária.

Sem apoio suficiente na base aliada, o presidente Michel Temer desistiu de votar as mudanças nas aposentado­rias, que devem ficar apenas para o próximo presidente.

Em conversas reservadas, Temer acusa Alckmin de não ter se empenhado suficiente­mente junto à bancada tucana para votar a iniciativa. Para ele, o tucano evitou se envolver na defesa da proposta com receio de sua impopulari­dade.

A promessa de Alckmin foi feita após a executiva nacional da sigla ter oficializa­do seu nome como pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto. “Eu tenho convicção dequearefo­rmatemdese­r feita no primeiro ano de mandato. No regime presidenci­alista, quem for eleito terá mais de 60 milhões de votos. A legitimida­de é muito grande”,prometeu.

O tucano criticou a diferença dos valores pagos a traba- a presidente nhou abraço de um participan­te que o chamou de “presidente” e ouviu gritos de “Fora, Alckmin”.

Alémdeprom­eterarefor­ma previdenci­ária, o governador afirmou que estuda alteração no rendimento do FGTS. Segundoele,aideiaéque­os recursos passem a ser corrigidos pela inflação somada à TLP (Taxa de Longo Prazo).

Hoje, a valorizaçã­o do FGTS é baseada na TR (Taxa Referencia­l). “Nós defendemos que ela não fique mais dessa forma e que sempre o rendimento seja acima da inflação somado ao ganho do período”, disse.

O tucano disse ainda não esperar o apoio de Temer à sua candidatur­a.“Se o MDB disse que pretende ter candidato, só se pode fazer coligação com quem não tem candidato”, afirmou.

No dia em que o presidente reconheceu pela primeira vez a possibilid­ade de disputar a reeleição, Alckmin afirmouser­legítimoqu­eeletente um novo mandato. “O MDB é um partido grande e importante”, disse.

Alckmin afirmou ainda não ver problema em fazer campanha simultanea­mente para os pré-candidatos João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB) ao governo de São Paulo. Ele elogiou o atual vice-governador e disse que sua précandida­tura é “importante”.

Para o tucano, seria uma honra ter o apoio do PSB ao seu nome na disputa presidenci­al.“Nós teremos vários candidatos em São Paulo. Eu ficarei muito honrado com o apoio do Márcio França, uma candidatur­a importante. E a candidatur­a do meu partido é a do João Doria”, disse.

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Marcelo Camargo/Agência Brasil O governador de São Paulo e pré-candidato à Presidênci­a Geraldo Alckmin (PSDB) dança forró em agenda em Brasília

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