Folha de S.Paulo

Americano telefona para parabeniza­r Putin

- IGOR GIELOW

DA REUTERS

Uma ex-modelo da Playboy que diz ter tido um affair com Donald Trump entrou com um processo nesta terça-feira (20) em que pede para ser liberada de um acordo legal de 2016 que exigia seu silêncio, informou o jornal The New York Times.

Karen McDougal está processand­o a empresa dona da The National Enquirer, American Media Inc. (AMI), cujo chefe, David Pecker, é amigo de Trump. Ela afirma que a empresa lhe teria pago US$ 150 mil (quase R$ 500 mil) por seu silêncio.

Trata-se da segunda mulher que desafia os esforços de aliados de Trump, durante as eleições presidenci­ais, de manter em segredo seus supostos casos extraconju­gais.

A atriz pornô Stephanie Clifford, conhecida como Stormy Daniels, diz ter recebido US$ 130 mil (R$ 430 mil) do advogado pessoal do presidente, Michael D. Cohen, para ficar calada.

Ela entrou com um processo contra o republican­o no início deste mês. A defesa de Trump a acusa de violar o contrato de confidenci­alidade e ameaça cobrar uma multa de US$ 20 milhões (R$ 66 milhões) da atriz pornô.

No processo na Corte Superior de Los Angeles, McDougal afirma que Cohen agiu secretamen­te durante a negociação com a AMI e que foi manipulada pelo acordo.

Ela diz ter sido ameaçada pela AMI, após ter falado com a revista New Yorker no mês passado, de que “qualquer nova revelação quebraria o contrato de Karen” e poderia “causar consideráv­eis danos monetários”.

Em email ao NYT, seu advogado, Peter Stris, acusou a AMI de um “esforço multifacet­ado para silenciar Karen McDougal”.“O processo aberto hoje tem o objetivo de restaurar seu direto à sua própria voz”, afirmou.

“Pretendemo­s invalidar o suposto contrato que a American Media Inc. impôs a Karen para que ela possa ter a vida privada que merece.”

Segundo McDougal, a relação com o presidente teria durado nove meses em 2006, época em que o republican­o já estava casado com Melania e o filho do casal, Barron, era recém-nascido.

A atriz afirma ter sido convidada pelo atual mandatário para conhecer seu quarto na Trump Tower e um bangalô no hotel Beverly Hills.

A relação teria ocorrido no mesmo ano que o suposto caso com Clifford —o presidente nega que tenha tido relações com as duas.

O presidente americano, Donald Trump, ligou nesta terça-feira (20) para parabeniza­r o russo Vladimir Putin por sua reeleição. No conversa, os dois líderes debateram também sobre o programa nuclear norte-coreano.

O Kremlin afirmou que foi discutida ainda a possibilid­ade de um encontro entre ambos, mas a Casa Branca disse que não há um plano específico para que isso aconteça.

A conversa, que segundo o Kremlin ocorreu a pedido dos EUA, tenta acabar com o malestar gerado pela demora no telefonema de Trump. Mesmo países críticos a Putin, como a Alemanha, já o tinham parabeniza­do pela vitória.

Por isso, o porta-voz do russo chegou a declarar na manhã de terça que a falta de ligação não era um problema. “Putin continua aberto para a normalizaç­ão de relações com os parceiros dos EUA no que for de seu interesse. Seria um erro exagerar qualquer coisa”, disse Dmitri Peskov.

Na segunda (19), a Casa Branca disse que não estava surpresa com o resultado do pleito e que não havia planos de contato entre o americano e seu colega russo. Quatro dias antes, Washington anunciara novas sanções contra a Rússia pela interferên­cia na eleição de 2016.

DA REUTERS

Uma bomba caseira explodiu na madrugada desta terça-feira (20) em um centro de distribuiç­ão da FedEx, em San Antonio, no Texas, deixando um ferido, no quinto caso de explosivos em correspond­ências que explodem no estado desde o início do mês.

Segundo os investigad­ores, o pacote detonou sozinho enquanto passava por uma esteira de transferên­cia dentro do galpão. Uma funcionári­a foi ferida por estilhaços.

A caixa havia sido postada em Austin com destino à mesma cidade. Horas depois, outro pacote com explosivos foi encontrado no centro da FedEx no aeroporto. A transporta­dora entregou imagens das câmeras da agência e dados do remetente das encomendas.

A porta-voz do FBI na região, Michelle Lee, disse que os agentes investigam os dois casos como relacionad­os aos outros quatro registrado­s em Austin. O último deles, no domingo (18), deixou duas pessoas feridas.

Nesta terça, o presidente americano, Donald Trump, comentou o caso: “São obviamente um indivíduo, ou indivíduos, muito doentes, e as autoridade­s estão investigan­do a fundo para capturar os responsáve­is.”

A principal hipótese aventada pela polícia é a de crime de ódio, já que a maioria das vítimas era negra ou latina.

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