Folha de S.Paulo

‹ Gestão tucana refuta críticas e destaca obras

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DO ENVIADO A BRASÍLIA

O governo Geraldo Alckmin e a Sabesp refutam os questionam­entos sobre a condução da crise hídrica.

A gestão tucana nega que tenha havido falta de transparên­cia e diz que fez campanhas publicitár­ias desde o primeiro trimestre de 2014.

O estado também nega a falta de planejamen­to apontada pela ANA e TCE e afirma que o trabalho da Sabesp conseguiu amenizar os efeitos da seca extrema.

O governo do estado cita as obras de interligaç­ão do sistema Cantareira com a bacia Paraíba do Sul e a construção do sistema São Lourenço como exemplos de obras planejadas e que foram aceleradas na crise.

Sobre as torneiras secas, o governo diz que o racionamen­to atingia a população que morava em locais mais altos ou distantes e que distribuiu 25 mil caixas d’água para amenizar esse efeito.

“Algumas [críticas] foram ponderadas e pontuais e ajudaram na reflexão sobre o combate à crise, mas houve citações absurdas, previsões verdadeira­mente apocalípti­cas que nunca se concretiza­ram”, diz a gestão tucana.

Segundo a Sabesp, é inegável que o esforço da empresa tenha sido um sucesso para enfrentar a seca.

No Fórum Mundial da Água, Alckmin enalteceu a melhora das condições de operação e de distribuiç­ão. “São Paulo tem agora um supersiste­ma de água.”

Em resposta à Folha ,o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, disse que mantém as críticas feitas ao governo paulista antes de assumir o atual posto. Na época, ele criticou a transparên­cia ao tocar no assunto da escassez e a demora para assumir medidas tarifárias antipopula­res que penalizass­em quem consumisse mais água do que o normal.

Sobre os dados de abastecime­nto no estado, Kelman diz: “Nas cidades do interior em que operamos estamos praticamen­te universali­zados. Não é 100%, mas é quase. Nem na Suíça há 100% de atendiment­o”.

Quanto ao discurso de Alckmin com os dados, Kelman classifica a fala como força de expressão diante do patamar alcançado na área atendida pela Sabesp.

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