Folha de S.Paulo

Padre sorridente, foi da guerra ao sacerdócio

- ARMANDO BRÉDICE (1917-2018) FERNANDA PEREIRA NEVES SADY SANTOS DAL MAS - Aos 81, casado com Maria Isabel Maldonado Dal Mas. Crematório da Vila Alpina, Av. Francisco Falconi, 437, Jd. Avelino. IGNEZ VIEIRA LOBO - Nesta quarta (21), às 19h, na Paróquia N.os

O ano era 1954. O italiano Armando Brédice, recém-ordenado padre, precisava decidir qual seria sua primeira missão. “África!”, disse sem pestanejar o jovem de apenas 1,55 m de altura e um sorriso que nunca deixava seu rosto.

Mas seus superiores tinham outra ideia, e em alguns meses estava ele desembarca­ndo no porto de Santos, no litoral paulista. “Nem sabia o que era a América ou que o Brasil existia até então”, chegou a confessar anos depois.

Nascido em San Marco de La Catola, ele teve uma criação religiosa e chegou a ser coroinha de são Pio de Pietrelcin­a, mas decidiu pelo sacerdócio mais velho, após atuar como intérprete na 2ª Guerra.

Deixou a namorada, Maria, com quem manteve amizade até a morte dela, em 2006, e entrou para a congregaçã­o Servos da Caridade, em Milão.

Já padre, passou pelo Paraguai e algumas cidades brasileira­s antes de se fixar em Brasília. Chegou em 1983 e decidiu nunca mais deixá-la.

Dedicado e firme no que queria, ele construiu escolas, creches e ajudou comunidade­s. Tinha o dom para convencer políticos, reunir fiéis e administra­r, conta o amigo Henrique. Chegou a ganhar o apelido de Mosquitinh­o Elétrico de dom Paulo Evaristo Arns, por sua estatura e energia.

Rezava o terço todos os dias, assim como fazia a missa e comungava —mesmo na cadeira de rodas. A última celebração foi dia 1º, um dia antes de ser internado devido a uma pneumonia. Morreu duas semanas depois, aos 100 anos. Deixa três irmãos na Itália e uma comunidade em Brasília.

A missa de 7º dia será nesta quarta (21), às 19h, na Paróquia Sta. Teresinha, Brasília.

coluna.obituario@grupofolha.com.br 7º DIA Nesta quarta (21), às 11h, na Paróquia N. Sra. Mãe do Salvador (Cruz

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