CNJ investiga desembargadora que acusou Marielle em redes sociais
DO RIO - O corregedor nacional de Justiça, ministro João Otávio de Noronha, determinou a abertura de procedimento para investigar a conduta da desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do RJ.
Na sexta (16), a magistrada fluminense postou sobre uma suposta ligação da vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada na última quarta (14), ao tráfico de drogas.
Numa rede social, ela afirmou que Marielle estava “engajada com bandidos” e que havia sido eleita pela facção criminosa Comando Vermelho. A declaração gerou reação de familiares da vereadora e uma representação do PSOL ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Na segunda (19), a desembargadora admitiu ter se precipitado ao fazer os comentários.
O corregedor também abriu investigação sobre outra declaração da magistrada, que questionou numa rede social o que uma professora com síndrome de Down poderia ensinar.
A Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (FBASD) divulgou nota repudiando as declarações.
Numa rede social, a professora Débora Seabra, alvo do comentário, publicou carta em resposta à desembargadora. “Eu ensino muitas coisas para as crianças. A principal é que elas sejam educadas, aceitem as diferenças de cada uma. [...] Quem discrimina é criminoso.”