Empresa, clube catarinense é exceção no Brasil
DE SÃO PAULO
O Figueirense é o único clube das Séries A e B do Brasileiro que virou uma sociedade anônima, empresa que divide seu capital em ações e limita a responsabilidade de seus sócios ao preço das ações adquiridas. As demais equipes são caracterizadas como associações, entidades sem fins lucrativos.
“A garantia dada pelo parceiro na operação são os investimentos [que serão feitos no clube]. Eles assumiram os passivos, foi feita uma auditoria e tudo o que o clube devia até o fim de 8 de janeiro eles têm a responsabilidade de pagar”, disse Nicolau Haviaras, presidente do Conselho Deliberativo do Figueirense.
O investidor, no caso a Elephant, assumiu dívidas de R$ 85 milhões e comprou por 20 anos, renováveis por mais 15, os 95% da sociedade anônima com promessa de investimentos, em operação que foi aprovada e finalizada no dia 8 de janeiro de 2018.
“Na época, só foi apresentado [como investidor] o Cláudio Vernalha. O investidor atual é a Elephant, com o Cláudio, e quando chegam outros somos informados”, afirma Nicolau Haviaras.
Nas próximas duas décadas, a holding recolhe os lucros da sociedade anônima, da qual o clube Figueirense tem apenas 5%, e detém todos os ativos e passivos relativos ao futebol da agremiação.
Casos parecidos ocorreram no futebol brasileiro no fim dos anos 1990.
“O Bahia e Vitória chegaram a criar sociedades anônimas, mas o modelo não deu certo”, afirma à
o advogado Eduardo Carlezzo.