Folha de S.Paulo

Bienal traz geração ainda pouco explorada

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rem a primeira geração pósditadur­a que era livre para produzir sem a opressão dos regimes totalitári­os”, diz.

Entre os temas que eles destacam estão a sexualidad­e, a política e o expoente feminino.

Feliciano dialoga com o universo queer em suas obras. Segundo Pérez-Barreiro, o artista aborda questões “muito importante­s que voltaram a ser pauta nos últimos meses”.

O curador nega ter escolhido o artista como forma de reflexão sobre a mostra “Queermuseu” em Porto Alegre, cancelada em 2017 após protestos contra o teor das obras. “Os artistas já estavam escolhidos antes dessas polêmicas.” ABORDAGENS Outro artista que traz um tema definido é o goiano Siron Franco, que terá obras da série “Césio/Rua 57”, que dialogam sobre o acidente radioativo de 1987, em Goiânia, com o elemento Césio 137.

O curador acredita que debates sobre catástrofe­s ambientais como a da barragem de Mariana, Minas Gerais, em 2015, são necessário­s e permanecem atuais.

Os outros oito artistas escolhidos têm em comum o fato de não se encaixarem em uma estrutura temática, conforme o objetivo da mostra.

Entre eles está Alejandro Corujeira, que terá esculturas e pinturas que “captam o movimento da natureza”. Já Denise Milan mostrará suas esculturas com grandes pedras e cristais.

O cotidiano circunda os trabalhos de Maria Laet que exibirá um vídeo e Vânia Mignone a partir de pinturas. Nelson Felix conceberá uma instalação que traz reflexões planetária­s.

Bruno Moreschi e Luiza Crosman fugirão das tradiciona­is obras de arte e não terão trabalhos físicos expostos, mas projetos, por exemplo, a partir de redes sociais.

Tamar Guimarães unirá uma abordagem crítica sobre preocupaçõ­es poéticas e narrativas por meio de um vídeo.

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