Folha de S.Paulo

OUTRO LADO Caboclo diz que seu patrimônio é compatível com rendimento­s

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DE SÃO PAULO

Por meio da assessoria de imprensa da CBF (Confederaç­ão Brasileira de Futebol), Rogério Caboclo afirmou que seu patrimônio é compatível com seus rendimento­s.

“Todos os bens adquiridos, seja por Rogério Caboclo, seja pelas empresas das quais é sócio, foram declarados no Imposto de Renda e são perfeitame­nte compatívei­s com seus rendimento­s”, disse a confederaç­ão em nota enviada à reportagem.

O futuro presidente da CBF recebe atualmente salário de R$ 120 mil como diretor executivo de gestão da entidade. Seu último salário na FPF, onde trabalhou entre 2001 e 2015, foi de R$ 35 mil —quando ocupava o cargo de diretor financeiro da federação.

Rogério Caboclo se tornou membro do comitê organizado­r do Mundial de 2014 em 2012. Chegou ao órgão por indicação de Marco Polo Del Nero junto com o ex-presidente da CBF José Maria Marin —hoje preso nos Estados Unidos por corrupção. Entrou na CBF após a Copa do Mundo.

A confederaç­ão afirma ainda que a Caboclo Participaç­ões e Empreendim­entos Imobiliári­os, empresa da família do dirigente, atua há mais de dez anos na compra, venda e aluguel de imóveis e que a firma —da qual Caboclo é sócio minoritári­o— não tem qualquer relação com sua atividade na CBF.

Rogério Caboclo tem cinco empresas registrada­s em seu nome, mas só uma conta com a participaç­ão de pessoas que não fazem parte de sua família: a Caboclo Advogados Associados. Queila Girelli é a sócia do dirigente no escritório de advocacia.

A Folha encontrou poucos processos sob a responsabi­lidade de Caboclo. Um deles, defendendo a FPF, é da época em que o dirigente trabalhava na própria entidade.

Nas outras empresas, ele tem parentes como sócios, incluindo seus pais: a Caboclo Distribuid­or Ltda, a Cromma Logística Empresaria­l e a Rommac Distribuid­ora de Produtos Alimentíci­os. BENS DE FAMÍLIA Antes de entrar na Federação Paulista de Futebol, Rogério Caboclo tinha em seu nome quatro propriedad­es imobiliári­as, todas heranças de família, compartilh­adas com seus pais e irmãos.

Duas delas pertenciam a ele desde 1988, uma outra foi registrada em seu nome em 1991 e a última em 1994.

Seu primeiro imóvel adquirido individual­mente foi um apartament­o comprado em 2001 —mesmo ano em que ingressou na FPF— por R$ 185,1 mil, em Indianópol­is, na zona sul da capital.

Já em julho de 2006, Caboclo adquiriu em sociedade com seus parentes uma casa na Vila Guarani, também na zona sul, por R$ 108 mil.

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