Folha de S.Paulo

F-1 mostra sua nova cara na abertura da temporada de 2018

GP da Austrália deste domingo (25) será o primeiro com carros com halo e sem grid girls e brasileiro­s nas pistas

- MARCELLO OLIVEIRA

Em parte, novidades são resultado da influência de novos proprietár­ios na categoria, hoje gerida pela Liberty Media FOLHA,

A F-1 apresenta sua nova cara na madrugada deste domingo (25), às 2h10 (de Brasília), quando será dada a largada para o GP da Austrália, primeira etapa da temporada 2018 da principal categoria do automobili­smo mundial.

As diferenças vão dos carros ao ambiente dos paddocks e, em parte, acontecem por determinaç­ão da Liberty Media, que concluiu a aquisição da categoria no ano passado e começa a administra­r a F-1 segundo seus interesses.

“Acho que tem havido muito progresso no último ano em termos de como nos envolvemos com os fãs, mas isso faz parte de um longo processo de aprendizad­o”, afirmou o atual campeão Lewis Hamilton, da Mercedes.

Para os fãs brasileiro­s, no entanto, a F-1 parece ainda mais distante. Pela primeira vez desde que Emerson Fittipaldi fez sua estreia na categoria, em 1970, o país não terá um representa­nte no grid.

As mudanças visuais da F-1 começam ainda no logo da categoria, alterado pela primeira vez desde 1994.

Uma alteração que gerou maior repercussã­o no público não remete à competição em si. A partir deste ano, as pistas não terão mais a presença das grid girls, modelos que desfilavam entre os carros mostrando a marca de patrocinad­ores da categoria.

O veto foi anunciado pela F-1 no ano passado e gerou reclamação de fãs que considerar­am a medida um exagero do politicame­nte correto.

Segundo a Liberty Media, a medida foi tomada por não ressonar com seus valores e estar em desacordo com as normas sociais atuais. A empresa diz que as modelos serão substituíd­as por crianças.

A mudança mais visível nos carros será a adição do halo, haste de proteção acima da cabeça dos pilotos.

O equipament­o de titânio causou um impacto brusco no desenho dos monopostos e se tornou uma polêmica entre os pilotos por atrapalhar a visibilida­de e dificultar sua identifica­ção para a torcida.

“A única coisa em que consegui pensar foi colocar algo para distinguir os companheir­os de equipe, pois você realmente não vê o capacete agora, estamos bem escondidos”, afirmou o australian­o Daniel Ricciardo, da Red Bull.

No regulament­o, a principal mudança foi a diminuição do limite de motores que cada piloto pode usar na temporada: de quatro para três.

Com uma etapa a mais no calendário —os GPs da França e da Alemanha voltam, enquanto o da Malásia sai— a alteração terá impacto ainda maior e algumas equipes consideram até usar intenciona­lmente mais motores e administra­r as punições. NA TV GP da Austrália

Globo Idade: 22 anos Títulos: - Posição em 2017: 21º Motor: Ferrari Idade: 31 anos Títulos: - Posição em 2017: 13º

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