Caso Maria do Rosário
Para o grupo, o estilo “bateu, levou” é um ativo do presidenciável. E uma briga com a deputada Maria do Rosário (PT-RS) é um bom termômetro. Em 2014, Bolsonaro disse à então ministra dos Direitos Humanos:“Fiqueaí,Mariado Rosário. Há poucos dias [na verdade,acontendacomeçou em 2003] você me chamou de estuprador no Salão Verde, e eu falei que eu não estuprava você porque você não merece”, afirmou o deputado.
Os eleitores reclamam que a mídia destaca a frase, mas não a contextualiza. O bateboca começou em meio a discussões sobre a redução da maioridade penal (ele a favor, elacontra),impulsionadasem 2003, após uma gangue sob comando de Champinha, 16, atacar um casal acampado — Felipe, 19, morreu com um tiro na nuca, e Liana, 16, foi estuprada e morta com facão.
Há15anos,Bolsonarodisse queacontendaseiniciouapós ele sugerir que Maria do RosáriocontratasseChampinhapara ser motorista de sua filha. EmfrenteàcâmerasdeTV,ela acusouocolegade“promover essa violência [estupro]”.
“Se a pessoa te xinga e você xinga de volta, não é crime. Ainda que ele tivesse falado coisaspiores”,afirmaPatricia. Para Maria Cristina, diante de alguém“queestavadefendendo um assassino”, Bolsonaro até que foi “extremamente educado”. Priscila esperava mais: “Talvez daria um tapa na cara dela, foi uma agressão”. As mulheres da mesa elogiam um projeto de lei de Bolsonaro que prevê castração química a estupradores.