Folha de S.Paulo

Do penta ao 7 a 1, Brasil encolhe no futebol alemão

- FÁBIO ALEIXO EDUARDO GERAQUE

FOLHA, DE MOSCOU

Nunca neste século o futebol brasileiro teve tão pouco espaço na Alemanha como agora, após o 7 a 1.

Pela primeira vez em 32 anos, a equipe nacional poderá não ter na Copa do Mundo um atleta que atua no país, dono da segunda liga mais rica do mundo, atrás apenas da Inglaterra, segundo estudo da Deloitte de 2017.

Atualmente, 11 brasileiro­s atuam na primeira divisão do Campeonato Alemão.

É o número mais baixo desde 1998. Após o pentacampe­onato, em 2002, contra a Alemanha, a quantidade de brasileiro­s na elite do futebol alemão teve seu ápice na temporada 2009/2010: 27 jogadores.

Dificilmen­te a seleção brasileira terá um jogador que atua em clube alemão. Apenas Rafinha, 32, lateral-direito do Bayern de Munique foi chamado por Tite até agora.

Ele atuou em dois amistosos em 2017. Na derrota para a Argentina por 1 a 0, jogou 17 minutos. No triunfo sobre a Austrália por 4 a 0, ficou os 90 minutos em campo. Depois, não foi mais lembrado. Em uma disputa direta aparece bem atrás de Fagner, do Corinthian­s, ou de Danilo, do Manchester City.

“Tenho expectativ­a de ir à Copa. Estou em um dos maiores clubes do mundo, jogando sempre, em minha melhor condição física”, diz Rafinha.

Cinco jogadores que estão na seleção que enfrenta a Alemanha nesta terça (27) já atuaram no país: Fagner, Geromel, Renato Augusto, Roberto Firmino e Douglas Costa.

Na geografia atual da seleção, até a liga ucraniana emplaca mais atletas.

Fred e Taison, do Shakhtar Donetsk, têm sido nomes constantes nas convocaçõe­s de Tite e até o pouco conhecido Ismaily, do time ucraniano, foi lembrado após as lesões de Filipe Luís e Alex Sandro.

França e Inglaterra, especialme­nte por causa de PSG e Manchester City, deverão liderar a lista.

Dois jogadores que atuavam na Alemanha estiveram em campo pela seleção brasileira 7 a 1, no Mineirão: Dante e Luiz Gustavo.

Os dois deixaram a Alemanha. Dante foi para o Nice e Luiz Gustavo para o Olympique de Marselha.

“Não tem nada a ver uma coisa com a outra [o 7 a 1 e a saída da Alemanha]. Depois da Copa do Mundo fiquei no Bayern, ganhei outros títulos, e fui bem no Wolfsburg [ALE]. É que sou aberto a tudo e adoro desafios”, afirmou o zagueiro.

Segundo Rafinha, alguns fatores explicam a ausência de brasileiro­s no futebol alemão atualmente.

“Tem a dificuldad­e de adaptação, o valor do jogador brasileiro e a nova maneira em que os alemães estão investindo em seu próprio futebol”, afirmou o lateral, que vive na Alemanha desde 2006, com uma curta passagem pelo Genoa, da Itália.

DE SÃO PAULO

Com a vantagem do empate para passar à decisão do título do Campeonato Paulista, o Palmeiras enfrenta na noite desta terçafeira (27), às 20h30, seu maior algoz na história recente do torneio estadual.

Em jogos de mata-mata, o Santos ficou com a vaga nas quatro vezes que enfrentou o time alviverde desde 2008, ano do último título da equipe da capital.

O Santos, no mesmo intervalo, levou o título estadual para a Baixada Santista cinco vezes (2010, 2011, 2012, 2015 e 2016).

No encontro mais recente entre os dois, na final de 2015, o Palmeiras havia ganho a primeira a partida, no Allianz Parque, por 1 a 0.

No jogo de volta, na Vila Belmiro, o time da casa venceu por 2 a 1. E levou o troféu após disputa de pênaltis vencida por 4 a 2.

Também naquele ano, o clássico decidiu a Copa do Brasil. O título nacional foi vencido pelo Palmeiras.

Agora em 2018, pelas semifinais, o segundo jogo será no Pacaembu, mesmo palco da primeira partida.

Como o Palmeiras venceu no sábado (24) por 1 a 0, tem a vantagem do empate no confronto.

Se o Santos ganhar por um gol, leva o jogo aos pênaltis. Vantagem por dois gols, garante a vaga direto.

Não há o critério do gol marcado fora de casa.

Além da decisão de 2015, Palmeiras e Santos enfrentara­m-se em duas semifinais (2016 e 2009) e nas quartas do Paulista de 2013.

Se na maioria dos confrontos Palmeiras e Santos fizeram jogos equilibrad­os, desta vez a equipe alviverde tem o rótulo de favorita à vaga e também ao título. Apesar de o técnico palmeirens­e Roger Machado discordar da afirmação.

O time alviverde não terá Borja, na seleção da Colômbia. O lateral Marcos Rocha, machucado, é dúvida.

Caso ele seja vetado pelos médicos do Palmeiras, Tchê Tchê deve entrar no lado direito da defesa palmeirens­e.

No jogo de ida, a entrada de Diogo Vitor, no meiocampo, não surtiu o efeito desejado por Jair Ventura.

O treinador afirmou que não gostou do meio campo do Santos e pretende mudar o time para o segundo jogo.

Léo Citadini deve seguir fora, por problemas médicos. Na vaga dele, o meia Renato pode ser escalado novamente por Ventura.

O atacante Rodrygo, 17, pode voltar ao time titular nesta terça. Terá a missão de fazer gols, num time que não marca há três jogos. NA TV Palmeiras x Santos Pay-per-view

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