As novas escolas do futuro
O professor deve atualizar-se nas tecnologias e se descobrir um facilitador do processo educacional, reinventando ações didático-pedagógicas
As mudanças de grande amplitude que caracterizam a sociedade contemporânea vêm causando um impacto de proporções inéditas no campo educacional, particularmente no que concerne à juventude.
O aumento crescente da demanda por mais escolaridade, a busca por novas formações, a necessidade de percursos curriculares mais flexíveis, a existência de recursos pedagógicos tecnologicamente avançados, o advento da internet e das redes sociais e a comprovada limitação das metodologias mais ortodoxas tornam evidente que a escola, como é hoje, não atende às expectativas e necessidades da juventude brasileira.
Das profissões de 2019, 60% ainda não existem. É preciso preparar nossos jovens para esse mercado. O conhecimento é o maior insumo do século 21. É ele que determinará o sucesso de um profissional. E o maior centro de distribuição de conhecimento segue sendo a escola.
Ao longo da história, a escola foi adaptando-se às novas tecnologias. Num primeiro momento, a educação formal era baseada em aulas expositivas, com o enfoque no discurso do professor. Hoje, temos diversas mídias educacionais. O grande desafio é saber utilizá-las de modo eficiente e permitir que contribuam com as práticas pedagógicas.
Já se fala em quarta revolução industrial. São tecnologias capazes de integrar os domínios físicos, digitais e biológicos da vida humana. Essa revolução seria caracterizada pela difusão da internet móvel, o surgimento dos sensores menores, mais poderosos e mais baratos, e pela inteligência artificial e aprendizado da máquina.
O professor deve atualizar-se nas tecnologias inovadoras e se descobrir um facilitador do processo educacional, reinventando um conjunto de ações didático-pedagógicas.
Prevê-se a valorização do ensino técnico-profissional de que o país tanto carece. O ensino médio deve oferecer habilidades e competências aos alunos segundo suas escolhas pessoais —e de acordo com as variações do mercado.
É o que faz com sucesso o Sistema S desde a década de 50, com a boa tradição dos seus cursos profissionalizantes. Quando o assunto é tecnologia aplicada à educação, o Sesi, Senai e Senac são pioneiros na formação dos profissionais do futuro. Essas entidades colocam os jovens em contato com a tecnologia desde cedo e contribuem com a formação de adultos mais conectados à inovação. O Sesi mantém aulas de robótica no currículo de 400 de suas escolas de ensino médio e fundamental. Há cinco anos, organiza um torneio de robótica para estudantes de 9 a 16 anos, de escolas públicas e particulares, desafiados a criar soluções inovadoras e construir robôs com peças de Lego.
É lamentável que, em nosso país, ainda faltem investimentos na qualificação de professores. Faltam também laboratórios e bibliotecas. O Brasil tem cerca de 200 mil escolas, a maioria sem bibliotecas e laboratórios compatíveis. Diante disso, como oferecer a nossos educandos a possibilidade de uma educação de qualidade?
É essencial corrigir essas falhas. As sociedades mais bem-sucedidas economicamente e as que alcançaram os graus mais elevados de bemestar são as que mais dominam as várias áreas do saber. A questão da educação é estratégica para atingir o estágio de desenvolvimento que almejamos como nação. ARNALDO NISKIER,
Lamentável e infeliz o comentário de Alckmin sobre o ataque a tiros à caravana de Lula. Violência é sempre condenável sob qualquer aspecto. Quanto a João Doria, sem comentários.
LUCÍLIA MAGALHÃES OLIVEIRA
O ódio político que voltou a recrudescer no país, com xingamentos, ofensas gratuitas, ovadas e tiros, ocorre devido a pessoas que irradiam raiva aos contrários, como o “falso gestor” João Doria.
JORGE A. C. LINO
João Doria Já vimos esse filme. O coadjuvante era outro, José Serra. E João Doria está cometendo o mesmo erro. Será o “efeito Serra”? Votei no Serra para prefeito de São Paulo, mas não para governador. Votei no Doria para prefeito, mas não votarei para governador.
PAULO K. AÇAKURA
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A declaração de detentor do registro não é fornecida pela Anvisa, mas pela empresa que registra o medicamento (“Saúde debilitada”, Editoriais, 28/3). É a garantia de autenticidade e qualidade do produto. A Global não tem DDR, autorização de funcionamento ou certificado de boas práticas de armazenagem e distribuição. Em 2017, a Anvisa autorizou 109 processos de importação de medicamentos e vacinas sem registro no país, mas que cumpriam com os requisitos regulatórios, atendendo a todas as solicitações feitas pelo Ministério da Saúde.
JARBAS BARBOSA,
Seleção Levo fé na seleção (“Brasil vence para tentar esquecer trauma”, Esporte, 28/3). Não apenas porque ganhou da Alemanha, mas porque é bem treinada por Tite e tem evoluído, tática e tecnicamente. Com Neymar, ficará ainda mais forte.
VICENTE LIMONGI NETTO