Folha de S.Paulo

A Polícia Civil está fazendo perícia para ver o que houve.

- THAIS BILENKY

DE SÃO PAULO

O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), diz que o ataque a tiros contra a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no interior do estado, na terça (27), “parece que foi uma coisa muito localizada”.

A dias de deixar o governo para disputar o Senado, o tucano afirma que não há hipótese sobre a autoria dos disparos, mas negou que tenha havido negligênci­a. “Não tem como você controlar tudo.” Folha - O que aconteceu? Fugiu do controle?

Beto Richa- Tem algum indício? Como o sr. vê o episódio?

Um episódio muito localizado. Não posso dizer o que foi, o que não foi, estou baseado em informaçõe­s recebidas. Ninguém presenciou isso, mas a Polícia Civil está fazendo uma investigaç­ão rigorosa, uma perícia para tentar identifica­r de onde vieram os tiros e quem pode ter sido. O delegado Wilkison Arruda, de Laranjeira­s do Sul, disse que falta estrutura à Polícia Civil, que a demora na chegada de peritos ao local deu-se em razão da extrema precarieda­de a que está submetido o Instituto de Criminalís­tica. O sr. discorda de que a precarieda­de policial foi responsáve­l pelas falhas na segurança que resultaram nos disparos?

A maior contrataçã­o de policiais militares fui eu que fiz, 11 mil policiais. Não tenho um orçamento suíço, como sugeriu o delegado. O Paraná tem das maiores elucidaçõe­s de crimes, percentual que passa de 80%, comparado a país de primeiro mundo. Mas sempre tem os esquerdopa­tas no meio do funcionali­smo. Críticos disseram que a segurança da caravana e as ações de inteligênc­ia foram negligenci­adas por se tratar do Lula e do PT.

Não é nosso caso. Estou te dizendo, meu secretário de Assuntos Fundiários, Hamilton Serighelli, vive junto dos movimentos sociais, tratando e contribuin­do, MST e tudo, ele está lá dentro. Ele me disse que o Lula pediu para agradecer.

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