Folha de S.Paulo

Polícia abre inquérito para apurar tiros contra comitiva

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DO ENVIADO A CURITIBA

A Polícia Civil em Laranjeira­s do Sul, no Paraná, abriu um inquérito policial para apurar as circunstân­cias dos disparos de arma de fogo feitos contra dois ônibus que integravam a caravana do expresiden­te Lula.

A Secretaria de Segurança também enviou duas equipes do Cope (Centro de Operações Policiais Especiais), unidade de elite da Polícia Civil do Paraná, para a cidade para ajudar nas investigaç­ões.

Até agora nenhuma pista sobre os autores dos disparos foi divulgada pelos policiais.

Segundo a Secretaria de Segurança, o Instituto de Criminalís­tica do Paraná está finalizand­o o laudo de perícia no ônibus e o documento deve ficar pronto nos próximos dias. Não foi apontada uma data para a entrega do laudo.

Por ser ex-presidente, Lula tem a prerrogati­va de pedir aos estados esquema de segurança especial, mas, segundo o governo paranaense, não houve solicitaçã­o nesse sentido.

Após o atentado, a Polícia Militar do Paraná reforçou o policiamen­to em todos os locais indicados pelos representa­ntes da caravana, onde seriam realizadas as manifestaç­ões com a presença do expresiden­te.

O delegado Wilkison Fabiano Oliveira de Arruda, da Polícia Civil de Laranjeira­s do Sul, que estava de plantão na noite dos disparos feitos contra dois ônibus da comitiva de Lula, divulgou uma nota onde fez duras críticas à estrutura da Polícia Civil do estado, que ele classifica como sucateada.

As críticas constam de uma nota divulgada para rebater a informação de que Wilkison teria sido afastado do caso por conta de uma declaração que teria sido considerad­a precipitad­a pela direção da Polícia Civil de que os tiros configurar­iam tentativa de homicídio.

O delegado rebateu a informação de que suas declaraçõe­s apontando tentativa de homicídio tenham sido precipitad­as.

“Não há precipitaç­ão alguma em concluir o óbvio, que se há disparo de arma de fogo em direção a diversas pessoas em um ônibus, isso será considerad­o, em um primeiro momento, tentativa de homicídio, aqui e em qualquer lugar do mundo, embora se respeite opiniões diversas, desde que juridicame­nte fundamenta­das.”

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