EUA querem rever cota de etanol, diz Fiesp
Diretor afirma que revisão de limite para importação de combustível pelo Brasil é condição para evitar sobretaxa ao aço
Itamaraty não confirma exigência; Trump isentou país de tarifa extra para produtos siderúrgicos até maio
Para evitar a imposição de sobretaxas sobre aço e alumínio do Brasil, os EUA querem uma reavaliação da cota sobre etanol americano implementada pelo governo de Michel Temer, disse nesta quarta-feira (28) o diretor de Comércio Exterior da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Thomaz Zanotto.
Outra exigência, diz, é o compromisso para que a China não faça triangulação de carregamentos de produtos siderúrgicos pelo território brasileiro para os EUA.
“É fato que os paradigmas de negociação comercial com os EUA mudaram”, disse Zanotto, explicando que as precondições colocadas pelos EUA servem apenas para iniciar a negociação de fato sobre as tarifas maiores nos metais.
Respeito à propriedade intelectual e à produção interna nos EUA, medidas contra triangulação de aço e questões de segurança nacional foram estabelecidos em reunião realizada na véspera, em Washington, como premissas da negociação com o Brasil por representantes do governo do presidente americano, Donald Trump, relatou Zanotto, que teve acesso às discussões.
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou que a reunião aconteceu, mas preferiu não comentar as discussões.
Na semana passada, o presidente dos EUA, Donald Trump, emitiu decreto que isenta o aço brasileiro de sobretaxas até o dia 1º de maio.
O Brasil é o segundo maior exportador de aço para os EUA —que decidiram, no início do mês, impor sobretaxas ao aço e ao alumínio sob o argumento de proteger a indústria siderúrgica e, por consequência, a segurança nacional.
Os EUA aproveitaram as conversas iniciais sobre aço