Folha de S.Paulo

A importânci­a da gestão

Temos uma visão global do sistema de trilhos, trens e ônibus metropolit­anos de SP; fazemos cobranças diárias sobre as obras em curso

- CLODOALDO PELISSIONI

Muito se fala em ferramenta­s de gestão na esfera privada. Mas uma boa gestão também é essencial no serviço público. Não se faz política pública sem eficaz sistema de gerenciame­nto. Foi esse nosso principal recurso para conseguirm­os programar para este ano a entrega de 20 novas estações, 18 de metrô e duas de trens. É a primeira vez, inclusive, que a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolit­anos) entrega uma linha própria, a 13-Jade, que vai ligar São Paulo ao aeroporto de Guarulhos.

Para isso, contamos com profission­ais e equipes qualificad­os, trabalhamo­s com uma visão global do sistema de trilhos, trens e ônibus metropolit­anos, fazemos cobranças diárias sobre a operação e os empreendim­entos em curso. Não aceitamos procrastin­ação, damos suporte administra­tivo ao Metrô, à CPTM e à EMTU (Empresa Metropolit­ana de Transporte­s Urbanos), auxiliando as empresas, dentro da mais estrita legalidade, a obter financiame­ntos, licenciame­ntos ambientais e a cobrar construtor­as e demais fornecedor­es.

Além disso, fazemos visitas semanais às obras e reuniões mensais com os gestores de todas as áreas envolvidas em cada projeto.

Uma boa administra­ção é ainda mais crucial em tempos de crise, como a que assola o Brasil mais fortemente nos últimos quatro anos, após o início da operação Lava Jato. O setor da construção civil, em especial, sofreu forte impacto, já que as principais empreiteir­as estão envolvidas no escândalo e, por isso, com sérias dificuldad­es de manter seus negócios. Nesse cenário, dar andamento e concluir obras públicas é um desafio ainda maior.

Neste ano, já entregamos as estações de metrô Higienópol­is Mackenzie, da linha 4-amarela, e a Eucaliptos, da linha 5-lilás, e até dezembro serão mais 16: duas na linha 4, seis na linha 5 e oito na linha 15-Prata, em um investimen­to de R$ 17,3 bilhões. Ao fim do ano, a rede metroviári­a passará dos atuais 83,3 km para 101,2 km.

Demos prioridade aos empreendim­entos já em andamento, mas deixaremos outros dez encaminhad­os para que nossos sucessores deem continuida­de: oito estações na linha 17-Ouro de monotrilho; uma na linha 15-Prata, também de monotrilho; a última da linha 4-amarela; e duas novas estações na linha 9-Esmeralda, da CPTM, que será estendida até Varginha, na zona sul da capital.

Além da ampliação da rede metroferro­viária, temos investido na melhoria do transporte metropolit­ano. Concluímos no ano passado o primeiro trecho do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) da Baixada Santista, entre Santos e São Vicente, interligan­do os dois municípios mais importante­s da região ao longo de 11,5 km e 15 estações. Inédito no país, esse moderno sistema de transporte recebeu um investimen­to da ordem de R$ 1,3 bilhão.

Nos próximos dias devemos publicar os editais de contrataçã­o das obras da segunda etapa, de Conselheir­o Nébias a Valongo e de contrataçã­o do projeto executivo para o terceiro trecho, entre Barreiros e Samaritá.

Também estamos ampliando e aprimorand­o os corredores e terminais metropolit­anos de ônibus. Demos início no último dia 12 às obras complement­ares do Corredor Metropolit­ano Biléo Soares, em Hortolândi­a, e à construção do viaduto Jean Nicolini, em Nova Odessa. Além disso, foram entregues 5 km de faixa exclusiva nos municípios de Americana e Santa Bárbara d’Oeste, duas estações de transferên­cia e cinco paradas.

Até o fim deste mês será entregue ainda o trecho prioritári­o do corredor Itapevi–São Paulo, até Jandira, e iniciaremo­s a fase final de obras da segunda etapa até Carapicuíb­a. Esperamos, com todos esses empreendim­entos, melhorar significat­ivamente a mobilidade urbana e, consequent­emente, a qualidade de vida da população. CLODOALDO PELISSIONI

Doria abandona legalmente a Prefeitura de São Paulo para concorrer ao governo do estado. Não está prestando desserviço algum à democracia, conforme afirma Roberto Dias (“Lula, Doria e Vicente Matheus”, Opinião, 29/3). É a democracia que não presta, pelo menos com esta legislação eleitoral.

OSMAR CESAR GAMA

Não bastasse o mal-estar criado entre o ainda prefeito João Doria e boa parte do povo paulistano que votou nele e se sente traído, ele coroa sua saída deixando um deplorável escândalo de corrupção protagoniz­ado por Denise Abreu. O futuro ex-prefeito estreia mal na vida pública e é bem possível que saia dela tão rapidament­e quanto entrou.

LUCIANO HARARY

PPP da iluminação

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Daniel Bueno

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