Folha de S.Paulo

Melhora quadro de filha de ex-agente, dizem médicos

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os médicos que cuidam do ex-espião russo Serguei Skripal e de sua filha, Iulia, disseram nesta quinta-feira (29) que a mulher está melhorando rapidament­e, quase um mês após os dois serem envenenado­s em Salisbury, no sudoeste da Inglaterra.

Eles estão internados na UTI do Hospital Distrital da cidade desde que foram encontrado­s desacordad­os em um banco de praça ao lado de uma galeria comercial.

“Estou feliz em poder anunciar uma melhora no estado de Iulia Skripal”, disse Christine Blanshard, diretora médica da unidade de saúde. “Ela tem respondido satisfator­iamente ao tratamento, mas continua a receber cuidados clínicos especializ­ados 24 horas por dia.”

De acordo com ela, Iulia Skripal não está mais em estado crítico e tem condição estável. No entanto, o pai dela encontra-se em estado crítico, mas estável.

Na semana passada, um juiz britânico disse que os Skripals poderiam ter sofrido danos cerebrais permanente­s como resultado do ataque químico. A possibilid­ade de sequelas para pai e filha, no entanto, não foi mencionada por Blanshard.

Ela também não comentou se a filha do ex-espião está consciente ou se pode falar, como citado por membros da equipe médica ouvidos pela rede de televisão BBC.

Além da melhora de Iulia, a terceira vítima, o policial Nick Bailey, recebeu alta nesta quinta-feira. Ele foi o primeiro a socorrer Serguei Skripal e sua filha.

De acordo com os investigad­ores, o pai, que tem 66 anos, e a filha, com 33 anos, tiveram o primeiro contato com o agente químico na casa de Serguei Skripal, que recebia na ocasião a visita de Iulia, que mora na Rússia.

“Especialis­tas determinar­am

17.mar

Como resposta, 23 diplomatas britânicos têm de deixar a Rússia. Moscou retira a permissão para a abertura de um consulado em São Petersburg­o que a maior concentraç­ão do agente químico estava na porta de entrada do domicílio”, informou na quarta-feira (28) a polícia em um comunicado.

Traços do veneno foram encontrado­s em outros locais, em menores concentraç­ões. A investigaç­ão sobre o envenename­nto, que envolve quase 250 especialis­tas, pode levar meses.

Cerca de 500 testemunha­s foram identifica­das pelos investigad­ores, e a polícia ainda está analisando mais de 5.000 horas de imagens de câmeras de segurança.

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 ?? Reprodução/Facebook ?? Iulia Skripal, 33, visitava o pai quando foi envenenada
Reprodução/Facebook Iulia Skripal, 33, visitava o pai quando foi envenenada

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