Folha de S.Paulo

Sarkozy será julgado por tentar corromper juiz

- DIOGO BERCITO FRANÇA DA AFP

O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e o ditador da Coreia do Norte, Kim Jongun, vão participar de uma reunião de cúpula no dia 27 de abril. O encontro pode contribuir de forma decisiva para os esforços a fim de resolver décadas de impasse sobre o programa nuclear norte-coreano.

O anúncio foi realizado por autoridade­s de Seul, após uma série de reuniões entre as duas partes na zona desmilitar­izada. Elas acontecera­m em Panmunjom, na fronteira entre os países, que foi também o cenário da assinatura do armistício da Guerra da Coreia (1953).

Será apenas a terceira vez desde a suspensão dos combates que chefes de Estado dos países se encontram para tratar da paz na região.

De acordo com a versão oficial norte-coreana, Kim Ilsung, avô do atual ditador, entrou várias vezes durante a guerra em Seul, cidade que caiu em duas ocasiões sob o controle norte-coreano.

As reuniões de cúpula anteriores ocorreram em 2000 e em 2007, em Pyongyang.

Nesta semana, Kim Jongun fez uma visita ao presidente da China, Xi Jinping, na primeira vez em que deixou a Coreia do Norte desde que chegou ao poder, em 2011.

A Casa Branca e o governo sul-coreano afirmaram que foram avisados por Pequim sobre a viagem de Kim. Acredita-se que a visita tenha servido como preparação para encontros futuros com a Coreia do Sul e os EUA.

No relato da agência norte-coreana KCNA, Xi e Kim conversara­m sobre as relações bilaterais e sobre a situação na península Coreana. Eles concordara­m que uma relação amigável entre os dois beneficia ambos os países. Pyongyang qualificou o encontro de “um marco”.

A China é o principal aliado político e econômico da ditadura norte-coreana. A relação entre os dois países, porém, ficou desgastada depois do Conselho de Segurança da ONU impor sanções contra Pyongyang por seu programa nuclear. A China tem poder de veto dentro do conselho.

A atividade nuclear foi, também, o motivo de uma escalada de tensões e ameaças durante o último ano entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e Kim Jong-un, que elevaram o temor mundial de um conflito.

Em um movimento inesperado, porém, Kim Jong-un disse estar disposto a conversar com Trump, que respondeu aceitando o encontro. Depois disso, entretanto, a Coreia do Norte não confirmou oficialmen­te a existência do convite. Espera-se que a reunião aconteça no fim de maio, ainda sem local definido. COI O presidente do Comitê Olímpico Internacio­nal (COI), Thomas Bach, visitou na quinta (29) a Coreia do Norte, em ato que amplia o esforço diplomátic­o iniciado com a participaç­ão dos norte-coreanos nos Jogos Olímpicos de Inverno, em Pyeongchan­g, na Coreia do Sul.

Durante a abertura do evento, a Coreia do Norte e a do Sul desfilaram juntas pela quarta vez desde o cessarfogo entre os dois países, repetindo o feito dos Jogos de Verão de Sydney (2000) e Atenas (2004) e dos Jogos de Inverno de Turim, em 2006.

De acordo com informe divulgado pelo COI, a visita é uma resposta “a um convite do Comitê Olímpico NorteCorea­no” feito em Lausanne (Suíça), sede da organizaçã­o. ça, da região, em 2007. E a Autoridade Palestina, que governa a Cisjordâni­a, também impõe sanções contra os líderes do Hamas.

O objetivo é mostrar o “direito dos refugiados palestinos de voltarem a sua terra” (hoje, o Estado de Israel). É apenas o primeiro evento de uma campanha que culminará em 14 de maio, Dia da Independên­cia de Israel, que marca 70 anos do país.

Para os palestinos, no entanto, o 14 de maio marca a “Nakba” (“Tragédia”), quando cerca de 700 mil árabes fugiram ou foram expulsos em meio à guerra que se seguiu à criação de Israel.

O temor dos israelense­s é o de que o Hamas irá aproveitar manifestaç­ões públicas para enviar terrorista­s para solo israelense.

O nível de tensão ficou claro nesta semana. No domingo (25), o sistema antiaéreo Domo de Ferro atirou contra disparos de metralhado­ras. No sábado (24), quatro palestinos se infiltrara­m em Israel e tentaram colocar fogo em blindados.

Dois dias depois, três palestinos passaram pela fronteira e caminharam com granadas e facas até o kibutz Tzahalim. Na quarta (28), houve mais duas infiltraçõ­es.

Como esperado, em uma disputa sem rivais viáveis, os resultados preliminar­es das eleições egípcias sugerem a reeleição do atual presidente, o ex-general Abdel Fattah al-Sisi, 63.

Ele recebeu mais de 92% dos votos, segundo o jornal local Ahram, número que será confirmado apenas em 2 de abril. As eleições foram feitas em três dias, de segunda (26) a quarta-feira (28).

Sisi não conseguiu, no entanto, mobilizar a população para que fosse à urnas. As primeiras estimativa­s mostram um comparecim­ento de em torno de 40%, em um universo de 95 milhões de habitantes e 60 milhões de eleitores.

Em sua primeira eleição, em 2014, Sisi havia tido 97% dos votos e 47% de participaç­ão, segundo o governo. Sua primeira gestão foi marcada por um crescente autoritari­smo, evocando as lembranças da severa ditadura de 30 anos de Hosni Mubarak —o que pode ter desestimul­ado eleitores.

Havia, a princípio, uma série de candidatos de oposição com alguma força, como o ex-premiê Ahmed Shafiq, o ex-chefe das Forças Armadas Sami Anan e o sobrinho do ex-presidente Anwar Sadat, Mohamed Sadat. Pressionad­os, porém, abandonara­m a corrida.

Sobrou apenas o arquiteto Moussa Moustafa Moussa, até então desconheci­do. Ele se registrou uma hora antes do prazo e anteriorme­nte fazia campanha na internet pelo próprio Sisi. Moussa recebeu 3% dos votos, afirma o Ahram.

Estas foram as terceiras eleições livres no Egito, após o país ter vivido alguma euforia com a derrocada do ditador Mubarak em 2011, na chamada Primavera Árabe.

A população elegeu em 2012 o líder islamita Mohamed Mursi, que foi deposto um ano depois pelo Exército, liderado por Sisi, que venceu as eleições em 2014.

Com o pleito descrito pela oposição e por organizaçõ­es de direitos humanos como uma farsa, Sisi deve perder ainda mais legitimida­de. Foram abundantes os relatos de compra de voto —às vezes em troca de cesta básica ou menos de R$ 10.

Apesar da crise, grandes negócios têm se beneficiad­o da gestão de Sisi, cujas reformas econômicas agradam parte do mercado financeiro. A economia sofreu com os protestos de 2011 e o golpe de 2013 e só agora tem se recuperado. Seu PIB cresce ao ritmo de 4,8%, segundo o FMI.

Outro índice favorável é o de turistas, após anos de sítios arqueológi­cos vazios. O número de estrangeir­os cresceu 54% em 2017, chegando a até 8,3 milhões.

-O ex-presidente da França Nicolas Sarkozy será julgado por tentar corromper o juiz Gilbert Azibert, a quem ofereceu um cargo para obter informaçõe­s sobre um processo em que é acusado de receber caixa dois da herdeira da indústria de cosméticos L’Óreal, Liliane Betancourt, para financiar sua campanha na eleição de 2007.

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Korea Pool/Yonhap/Reuters Delegação da Coreia do Sul, liderada pelo ministro da Unificação, Cho Myoung-Gyon, cruza fronteira de volta para casa

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