Temer confirma Colnago no Planejamento e Dyogo no BNDES
Trocas no governo respeitam calendário que impede a ocupação dos cargos por quem deseja ser candidato nas eleições deste ano
O presidente Michel Temer fechou neste domingo (1º) a formação da trinca econômica do governo federal.
Foi oficializado que o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, assumirá a presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O atual secretário-executivo da pasta, Esteves Colnago, será promovido ao posto de ministro.
Em reunião com autoridades no Palácio do Jaburu, residência oficial de Temer, ficou decidido que ele e Meirelles vão bater o martelo nesta segunda-feira (2) sobre o comando do Ministério da Fazenda, que ficará com o atual secretário-executivo da pasta, Eduardo Guardia.
O anúncio é parte do processo de substituições na Esplanada dos Ministérios, motivadas pela saída de ministros que serão candidatos em outubro. Pela regra, membros do Poder Executivo precisam deixar os cargos até 7 de abril.
As mudanças apresentadas neste domingo já estavam definidas e foram antecipadas pela Folha.
Na dança das cadeiras, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), é tido como vitorioso, porque conseguiu colocar Dyogo no BNDES, em uma tentativa de liberar recursos que os políticos reclamam que a atual gestão travou.
Jucá aceitou deslocar Dyogo para o comando do banco porque teve o compromisso de Temer de que Colnago seria o sucessor no Planejamento. Meirelles, que queria Mansueto na pasta, se contentou com Guardia na Fazenda. Assim se fechou a equipe.
O comando do BNDES foi deixado por Paulo Rabello de Castro, que será candidato à Presidência da República.
Prestes a assumir o banco de fomento, Dyogo afirma que uma de suas prioridades será reforçar a atuação em parcerias com o mercado financeiro. O objetivo, segundo ele, é garantir mais recursos ao BNDES e, desse modo, “ampliar o investimento, principalmente em infraestrutura”.
Participaram do encontro os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral), Eliseu Padilha (Casa Civil), Carlos Marun (Secretaria de Governo), Gustavo Rocha (Direitos Humanos) e Dyogo, além de Jucá e do deputado Darcísio Perondi (MDB-RS).
Temer usou a reunião para discutir outros temas. Um dos assuntos foi o possível reajuste no Bolsa Família.
Segundo Perondi, o clima no Jaburu “distensionou” desde quinta-feira, quando amigos de Temer foram presos pela PF. (MARINA DIAS, BERNARDO CARAM E ÂNGELA BOLDRINI)