Por interação, faculdade põe aluno em arquibancada e rodinhas nas carteiras
Para se adaptar ao perfil do aluno contemporâneo e se alinhar ao ensino da era digital, a faculdade ESPM demoliu as antigas salas de aula de um de seus prédios no bairro paulistano da Vila Mariana e começou tudo de novo.
A escola, que forma seus alunos em comunicação, propaganda e marketing —áreas cujos mercados de trabalho vêm sofrendo com mais força os efeitos da evolução tecnológica—, investiu R$ 17 milhões em mudanças na arquitetura e no ensino.
A ideia é aprofundar as competências de trabalho em equipe, a capacidade de pesquisa e a gestão de dados. Todos os cursos, independentemente da área, darão conceito de programação aos alunos. No segundo semestre, começam novos cursos de pós-graduação com o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e com a IBM.
A percepção de que o mercado de trabalho está se transformando e que no futuro haverá profissões que hoje nem sequer existem impulsionou a instituição a preparar alunos versáteis.
“As empresas já têm profissionais de determinada formação trabalhando em outra área. Por isso temos de ajudar o aluno a desenvolver atitudes para trabalhar em equipe, continuar aprendendo pela vida toda, saber fazer pesquisa e saber onde buscar o conhecimento”, diz Dalton Pastore, presidente da ESPM.
Inauguradas em março, as instalações têm uma arquitetura preparada para atender a tais necessidades, além de paredes com muitas tomadas para carregar smartphones.
Os corredores foram alargados para comportar pequenas arquibancadas que proporcionam integração. As salas têm carteiras com rodinhas para facilitar trabalho em grupo.
Segundo Pastore, a internet exige dinamismo dos professores. “O professor vem com a matéria no celular, entra na sala, que reconhece o celular dele e projeta o conteúdo nas telas.”