Folha de S.Paulo

SP terá 20 mil bikes para deixar onde quiser

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índices de roubos são maiores onde não há essa escala. Com poucas bicicletas na rua, perdidas, há a sensação de que elas não têm dono.”

O Bike Sampa, gerido pelo Itaú, almeja colocar 2.600 bicicletas em circulação na cidade. Só a Yellow terá 20 mil.

Em segundo lugar, a bicicleta foi desenvolvi­da com “caracterís­ticas específica­s para nosso país”, diz Musa. Ela é simples, tem baixo valor agregado e o mínimo de componente­s, de modo que não vale a pena furtá-la.

O fato de não ter marchas, por exemplo, reduz o interesse de ladrões de peças. Há também um pneu especial, que não encaixa em outros veículos. O selim tem ainda travas que dificultam sua retirada. Por fim, todas terão monitorame­nto por GPS.

“As pessoas depredam o transporte público quando ele está travado, lotado. Se funciona bem, não é depredado”, compara o executivo.

No ano passado, a chinesa Wukong Bikes faliu após ter 90% de suas bicicletas furtadas. O cenário, no entanto, era diferente: a empresa tinha apenas 1.200 veículos rodando e todos sem GPS.

A companhia chinesa Ofo, uma das maiores do setor, possui uma frota de mais de 10 milhões de bikes.

O sistema entra em vigor durante uma gestão que não deve promover avanços significat­ivos na malha cicloviári­a. Para Musa, as bikes podem criar uma pressão nesse sentido. “Quanto mais bicicleta você colocar na rua, mais o poder público vai querer colocar malha viária, e mais gente vai se sentir segura em andar de bicicleta.”

O plano da Yellow é lançar o sistema primeiro na capital paulista, onde eles acreditam que haja espaço para colocar até 100 mil bicicletas para rodar. Se der certo, já mapearam até 30 cidades pelo país “com grande potencial”.

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