87 milhões de contas foram violadas, diz Facebook
Total é 75% maior do que estimado; no Brasil, são 443 mil prejudicados
Congresso dos EUA confirma depoimento de Mark Zuckerberg sobre caso Cambridge Analytica para dia 11
Facebook, Mark Zuckerberg, será ouvido em audiência no Congresso dos EUA na quarta (11), sobre o uso e a proteção de dados dos usuários.
É a primeira vez que Zuckerberg deporá a legisladores americanos. O testemunho ocorre sob crescente grita de políticos e da opinião pública contra o Facebook e outras firmas de tecnologia.
A audiência com Zuckerberg foi confirmada pela Comissão de Energia e Comércio da Câmara. Ela será realizada ao meio-dia do horário local, ou 11h de Brasília.
Em nota, os deputados Greg Walden e Frank Pallone, membros da comissão, afirmaram que o depoimento será “uma importante oportunidade” para debater a privacidade dos dados de usuários da rede social e vai “ajudar os americanos a compreender melhor o que acontece com sua informação pessoal online”.
Os políticos agradeceram a disponibilidade de Zuckerberg —que tem sido cobrado, desde o ano passado, para responder pessoalmente aos questionamentos sobre a segurança de dados na plataforma, e o uso de suas ferramentas para fins políticos e comerciais.
Nos últimos dias, o executivo veio a público por meio de notas e entrevistas, em que lamentou e reconheceu o erro do Facebook no caso da Cambridge Analytica.
Alegando que a situação da fronteira está em crise, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (4) um decreto para enviar a Guarda Nacional para a divisa com o México.
A medida é anunciada após dias em que o republicano atacou seu antecessor, o democrata Barack Obama, pelas leis migratórias, e culpou o México por não impedir o fluxo de pessoas rumo ao território americano.
“A ilegalidade que persiste em nossa fronteira do sul é fundamentalmente incompatível com a segurança e a soberania do povo americano”, escreveu o mandatário, na ordem executiva.
Segundo a secretária de Segurança Doméstica, Kirstjen Nielsen, os guardas nacionais deverão ser enviados nas próximas horas aos estados fronteiriços. Ao governo mexicano, ela disse que os agentes não portarão armas nem farão controle migratório ou alfandegário.
A medida é similar à tomada por dois antecessores de Trump: por Obama em 2010, para impedir o avanço do narcotráfico, e em 2006 por George W. Bush, com a finalidade de conter o fluxo migratório rumo aos EUA.
O reforço na segurança é a primeira medida de Trump desde que se irritou no fim de semana ao se inteirar da existência da “via-crúcis migratória”. O evento, feito desde 2010 pela ONG Pueblo Sin Fronteras, consiste na união de pessoas para atravessar o México rumo ao norte.
Usando a caravana como justificativa, Trump chegou a ameaçar romper o acordo com Honduras e acabar com o Nafta para retaliar o México, além de reiterar seu pedido pelo muro na fronteira, barrado pelo Congresso.